Moradores dos distritos de Candonga e Rio Sagrado, em Morretes, no litoral do Estado, estão há quase três meses aguardando o término da reconstrução da ponte sobre o Rio Ribeirão Grande, na Estrada das Canavieiras. Os moradores, que também reclamam obras de reparação da estrada – hoje em péssimas condições de uso -, contam que chegam a ficar ilhados em dias de chuva.
De acordo com os populares, a ponte precisou ser reconstruída depois que, em janeiro, uma chuva forte destruiu a que existia. Na época, os moradores ficaram dois dias ilhados até que a prefeitura de Morretes improvisasse uma nova passagem no local. Inicialmente foi feita uma passarela para pedestres. Depois, a estrutura improvisada recebeu um reforço para que os carros também atravessassem.
Os moradores, no entanto, reclamam que, quando chove, voltam a ficar isolados, já que a ponte fica submersa pela água do rio. A comerciante Isaura Nunes Machado conta que a estrada está cheia de buracos porque, quando chove, acumula um volume muito grande de água. “A estrada toda está ruim, mas por causa da chuva”, reforça.
Já o servidor público Ezequiel Lourenço relata que a estrada não recebeu qualquer cuidado da administração municipal durante este ano. “Há meses não passa máquina aqui”, diz. Segundo ele, o estado da via só não é pior porque os moradores se mobilizaram e taparam os buracos.
Quanto às obras de conclusão da ponte, Lourenço afirma que estão paradas há um mês. E se mostra preocupado no caso de haver uma emergência em dias de chuva. “Se tiver alguém doente, precisando de atendimento médico urgente, vai ficar difícil”, teme.
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| Quando chove, a pequena ponte de madeira submerge e moradores ficam ilhados; obras da nova ponte estão paralisadas. |
Com o problema, a proprietária de um bar na região, que prefere não se identificar, conta que o movimento diminuiu. Segundo ela, a maioria dos chacareiros mora em Curitiba e, por conta da má conservação da estrada e da dificuldade em atravessar a ponte, eles têm evitado ir para o local.
O diretor de obras de Morretes, Luiz Antônio Soares, garante que em 25 dias a nova ponte já estará concluída. Segundo Soares, as obras estiveram paralisadas porque o cimento precisa “descansar”.
“É o que chamamos de tempo de cura, para que as estruturas possam receber os furos que darão suporte ao guarda corpo”, explica.
A prefeitura de Morretes só deve iniciar as obras de reparação da estrada após a conclusão da ponte. Segundo o diretor de obras, num prazo de 60 dias a estrada deve estar recuperada da altura da Igreja do Rio Sagrado até a BR-277.