O aumento da temperatura e a proximidade do verão fazem com que a corrida para as academias de ginástica aumente nesta época do ano. Ao mesmo tempo também cresce a preocupação do Conselho Regional de Educação Física do Paraná (CREF9/PR) com o funcionamento de estabelecimentos irregulares. Somente em Curitiba, são 463 academias legalizadas, mas a instituição estima que além destas, outras 400 atendam de maneira irregular.

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Por causa do alto número de academias sem regulamentação, o conselho e educadores físicos alertam a população sobre os riscos de realizar atividades físicas em locais inapropriados. Também são realizadas constantemente ações em conjunto com órgãos como a Vigilância Sanitária e o Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde, da Polícia Civil, que no último mês fecharam 37 academias irregulares na capital.

“Isto traz diferença para o cliente. Muitas vezes a academia pode ser aparentemente normal e ele não percebe que o local não está registrado”, alerta o presidente da Comissão de Fiscalização do CREF9/PR, Rafael Strugale. Quando estão em ordem, as academias precisam expor o quadro técnico e registro junto ao conselho, além do alvará de funcionamento. Os instrutores devem ser educadores físicos formados e estagiários não podem passar os treinos.

Também está em vigor a lei estadual que obriga os estabelecimentos a informar o nome, a função e o número do registro dos profissionais no conselho. As informações devem permanecer em local acessível de maneira clara e legível, em academias de atividades físicas, clubes esportivos, recreativos, escolas de iniciação desportiva e estabelecimentos que ministrem atividades similares. “Isso garante a qualidade do serviço”, avalia Strugale.

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Malhação, só com especialistas!

Felipe Rosa
Paola: risco até de morte.

“A estrutura também precisa estar regular, como os equipamentos”, ressalta a educadora física da Academia Viva, Paola Biscouto, onde a partir de setembro o movimento aumenta em média 40%. Academias que comercializam suplementos alimentares – prática que vem crescendo significativamente – recebem fiscalização especial e o consumo só pode ser feito após avaliação nutricional.

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Para evitar problemas e possíveis lesões físicas, os usuários de academias devem passar por avaliação física antes do início dos treinos. O acompanhamento de profissionais especializados garante a segurança na atividade. “O risco mais grave é o de morte, de fazer atividade em uma intensidade que não é adequada, sem supervisão. Além de lesões articulares ou musculares, alterações metabólicas e a não obtenção do resultado”, alerta Paola.

Denúncias

A comunidade pode fazer denúncias de locais sem regularização ou profissionais irregulares pelo site do CREF9/PR (www.crefpr .org.br). A denúncia é anônima, mas só fica registrada se o denunciante informar o CPF. O Sindicato dos Profissionais de Educação Física do Paraná (Sinpefepar) também recebe informações pelo email sinpefepar@sinpefe par.com.br.

Quando identificadas, as academias irregulares recebem um prazo para regularização, que se não for cumprido irá resultar na interdição do estabelecimento. Casos recorrentes podem acabar com a interdição do local. Se a ordem de fechamento for desrespeitada, ,o proprietário pode ser autuado por praticar uma infração penal.