A expectativa dos permissionários em reverter a situação até lá se reflete na falta de informação aos funcionários. Trabalhando há seis anos em uma lanchonete, a balconista Rosângela das Graças Zaruvnix conta que não tem alternativa caso perca o emprego. “Gosto de trabalhar aqui e de madrugada, tanto que faz mais de seis anos que estou aqui. Como ninguém falou nada ainda, nem sei o que fazer se o pior se confirmar”, explica. Situação parecida vive Ana Paula de Matos Leão que há seis trabalha numa banca de revistas do local. “Só sei o que vejo na TV ou leio nos jornais. Mas eu e meu marido temos alguma reserva para aguentar um tempo sem emprego”, afirma.
Daniel Derevecki |
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Lojistas voltam à Câmara pra pedir mediação. |
Desistência
Filha de comerciantes, a vendedora de uma loja de roupas da rodoferroviária, Camila Souza, diz que os trabalhadores não receberam qualquer orientação dos empregadores porque os permissionários ainda tentam negociar com a Urbs. “Com a reforma, muitos comerciantes já desistiram do ponto e, pelas contas dos permissionários, já existem uns 20 espaços disponíveis para licitação. Acho que se a Urbs e a prefeitura quiserem agir com bom senso, dá para fazer a licitação sem prejudicar quem investiu muito aqui e da noite para o dia precisa fechar o negócio”, avalia. Segundo ela, há vários comerciantes que se endividaram pensando no retorno que o negócio traria após a reforma.
A Associação dos Permissionários do Comércio da Rodoferroviária não descarta entrar na Justiça contra a licitação. Hoje os lojistas voltam à Câmara Curitiba para pedir nova mediação dos vereadores na questão.
Gerson Klaina |
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Camila: muitos já desistiram do ponto. |