A via-crúcis das placas de trânsito

As placas de trânsito também sofrem com o vandalismo e com a ação do tempo. Basta percorrer algumas regiões da cidade para encontrar placas enferrujadas, amassadas e danificadas. Isso quando a placa ainda está no lugar designado. Muitos vândalos retiram as peças, prejudicando o tráfego do município. Ainda há os casos das placas derrubadas depois de acidentes. A falta das placas, ou o mau estado de conservação delas, pode induzir o motorista ao erro, causando complicações no trânsito e até fatos mais graves.

A sinalização tem justamente a função de orientar e regulamentar a ação das pessoas no trânsito. Sem essa indicação, existe a possibilidade de acidentes. Por isso, devem ser trocadas ou recolocadas assim que for possível. Não foi isso o que aconteceu na esquina da Avenida Manoel Ribas com a Rua Jacarezinho, por exemplo. Após um acidente, a placa que proibia uma conversão ficou no chão por quase duas semanas. Depois, a placa apareceu do outro lado da rua, no canteiro de uma árvore.

A gerente de engenharia de trânsito da Urbs/Diretran, Rosângela Battistella, comenta que a substituição de placas normalmente é resolvida em poucos dias. A indicação é feita pelas regionais da Prefeitura de Curitiba, fiscais de trânsito e do transporte coletivo, além da própria população. A falta das placas ou a permanência de peças enferrujadas e danificadas é preocupante. ?Prejudica muito o motorista, que deve ter a mesma visão da placa tanto de dia quanto de noite. Se a visibilidade está impedida preocupa, principalmente nos casos de placas de regulamentação, que podem resultar em uma infração de trânsito?, afirma.

Rosângela ainda lembra das situações de vandalismo, em que as placas são tiradas de seus lugares.

Uma das ocorrências mais freqüentes é a retirada das placas ?Pare?. O vandalismo corresponde entre 70% e 80% dos prejuízos com as placas de trânsito. O restante vem com os acidentes. Cerca de 300 placas, com valores que variam entre R$ 250 e R$ 350, são roubadas ou destruídas todos os meses por vândalos, de acordo com dados da administração municipal. Há casos de pichações e até de ?tiro ao alvo?. A despesa chega a R$ 90 mil por mês.

A maior parte das placas de trânsito utilizadas em Curitiba é proveniente de uma fábrica da Prefeitura, localizada na Cidade Industrial. Anteriormente, o local apenas recuperava as peças danificadas e as transformava. Hoje, há uma estrutura especial para a confecção das placas. A decisão de comprar de terceiros ou fabricar depende da relação custo-benefício. A fábrica do município produziu 5.297 placas entre janeiro e setembro deste ano, sendo 4.515 novas e 782 recuperadas.

A Prefeitura de Curitiba iniciou o programa de troca de 4 mil placas de trânsito somente na área central da cidade. O prazo para a conclusão do trabalho é de um ano. As placas estão enferrujadas e, por isso, precisam ser substituídas. Além disso, as novas peças já vão atender a regulamentação de padrão descrita no anexo 2 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Uma das mudanças é a instalação da placa R24A, que indica o sentido de circulação da via. ?As placas já passaram muito do tempo útil e estão enferrujadas. Vamos aproveitar e unir estas duas situações?, explica Rosângela. Posteriormente, serão trocadas as placas do estacionamento regulamentado EstaR, que possuem fundos verde e laranja. Como devem ter fundo branco, precisam passar por reformulações. 

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