Alcoólicos Anônimos

A luta de quem tenta auxiliar os dependentes de álcool

O alcoolismo é responsável pela morte de pelo menos 2,5 milhões de pessoas a cada ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Curitiba, apenas no ano passado, a irmandade Alcoólicos Anônimos (AA) atendeu mais de 1.300 solicitações realizadas por telefone, e cerca de 400 via e-mail.

De acordo com um dos coordenadores do AA, José Valdemar, muitos familiares procuram o grupo para ter informações de como proceder. “As pessoas ligam quando a situação já está bastante complicada e, na maioria das vezes, não sabem nem por onde começar”, conta.

O trabalho inicial do AA é de orientação. Segundo o coordenador não existe uma receita pronta para recuperar um alcoólatra, mas sim, a aposta num conjunto de fatores que tendem a surtir o efeito.

“Cada caso é analisado separadamente, por isso, quando a situação exige internação fazemos o encaminhamento para o Sistema Único de Saúde (SUS), depois, o ideal é permanecer em manutenção, que nada mais é do que a participação nas reuniões do grupo”, explica.

No Paraná, o grupo atua dividido em cinco setores. O trabalho desenvolvido resume-se a reuniões periódicas frequentadas por viciados e familiares onde a troca de experiências e a vontade de manter-se sóbrio são as principais exigências.

Há dez anos, a proporção de alcoólatras em Curitiba, de acordo com o AA, era de uma mulher para cada dez homens, hoje a proporção é de uma mulher para três homens. Além disso, jovens entre 17 e 25 anos são a maioria dos frequentadores.

Trabalho

No total, 91 grupos atuam na capital e Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Conforme a política adotada pelo grupo, o anonimato deve ser mantido evitando, assim, a promoção pessoal. Aqueles que vão em busca de ajuda são convidados a ficar e prestar auxílio aos outros que chegarão.

Além dessas reuniões, o AA promove encontros sobre prevenção e controle do consumo de álcool em empresas privadas. Em 2011, foram realizadas 72 reuniões em empresas de Curitiba e região. Eles também atuam, em parceria com psicólogas, em diversas penitenciárias promovendo reuniões quinzenalmente.

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