O Conselho Municipal de Saúde de São José dos Pinhais decidiu ontem que a Prefeitura vai repassar R$ 150 mil por mês para o Hospital São José. A diretoria alega que é preciso R$ 300 mil mensais para manter a instituição. Caso a verba não seja disponibilizada, o hospital será fechado.
Hoje os diretores devem se reunir com membros da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para tentar mais uma verba de R$ 100 mil mensais, que estaria disponível. Os funcionários também se reuniram ontem e resolveram que vão entrar com uma ação na Justiça para se precaver sobre o pagamento das verbas rescisórias.
Segundo o provedor do hospital, Christain Bundt, o conselho gestor da instituição não deve continuar com as portas abertas recebendo esse valor. Por isso os integrantes devem se reunir hoje com a Sesa para ver a possibilidade de usar a verba federal que é gerida pelo Estado. ?Na última reunião que tivemos foi dito que seria possível. Mas queremos saber quando. E daí se conseguirmos os outros R$ 50 mil podemos manter o hospital?, explicou. O provedor ressaltou que esse valor não inclui a reabertura do pronto-socorro porque, além de ser preciso reformas, a manutenção desta ala custaria cerca de R$ 500 mil por mês.
Caso não seja possível conseguir o dinheiro para manter o hospital, a direção vai fechar as portas até 15 de junho. Segundo Bundt, a intenção é não deixar que a instituição vá à falência para que os funcionários e fornecedores possam ser pagos imediatamente e corretamente.
Mas mesmo assim a categoria pretende se prevenir. Em assembléia realizada ontem à tarde, os funcionários decidiram que vão entrar com uma ação cautelar de arresto, que bloqueia os bens do hospital, evitando que depois não haja dinheiro para pagamento das verbas rescisórias. ?Essa vai ser nossa medida porque os funcionários acham que não tem mais efeito uma paralisação?, explicou a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Curitiba e Região Metropolitana (Sindesc), Isabel Gonçalves.
