Com o indicativo de greve aprovado desde o início desta semana, os 600 médicos contratados pela Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (Feaes) de Curitiba podem parar na próxima semana, afetando diretamente o atendimento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Hospital do Idoso Zilda Arns.
Segundo o Sindicato dos Médicos do Estado do Paraná (Simepar), até agora não houve qualquer resposta da Feaes à contraproposta da categoria, encaminhada na última terça-feira, na qual o valor da hora médica passaria para R$ 75 e o auxílio alimentação, para R$ 310.
Uma nova assembleia será realizada na próxima segunda-feira e poderá decidir a data de início da greve. O advogado do Simepar, Luiz Gustavo de Andrade, explica que, por enquanto, a Feaes não evoluiu na oferta baseada na reposição inflacionária, que foi rejeitada pelos médicos. A Feaes ofertou um aumento de apenas R$ 4, ou seja, de R$ 60 para R$ 64 no valor da hora de trabalho e um auxílio alimentação de R$ 270.
“O vale alimentação é inferior ao recebido pelos enfermeiros, por exemplo. Além disso, ainda não foi nem estabelecido um novo prazo para a instituição do plano de cargos e salários que, desde o ano passado, está sendo atrasado”, comenta.
Outra questão pendente são as horas extras. “A jornada de 12 horas de trabalho não está regulamentada. Ou se faz isso no acordo coletivo que está sendo negociado, ou terá mais esse valor para ser pago”, informa.
