Portadores de doenças crônicas e mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias entraram, este ano, nos grupos prioritários para receber a vacina contra a gripe em todo o País. A Campanha Nacional de Vacinação começou nesta segunda-feira (15). A meta do Ministério da Saúde para a capital paranaense é de que pelo menos 380 mil pessoas sejam vacinadas até o dia 26 de abril. Foram destinadas 460 mil doses da vacina para Curitiba.
A dona de casa Andrea Wysock, 43 anos, que precisa tomar a vacina por causa de imunossupressão – baixa imunidade corporal –, diz que seu médico recomendou que até mesmo o filho adolescente dela, Guilherme Wysock, 13 anos, tomasse a vacina para evitar riscos à mãe, no caso de uma gripe. Portando a declaração médica, os dois foram cedo até a Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho para garantir a dose da vacina.
A professora Bruna Bassetti Bianchi levou a filha Sofia, de um ano e meio, para tomar a vacina. “Este ano ela está indo para a escolinha e fica mais vulnerável, por causa do contato com as outras crianças. É melhor prevenir já no começo”, destacou.
As aposentadas Antônia da Rocha Zanlutti, 65 anos, e Mirian Nishimura, 66 anos, contaram que tomam a vacina todos os anos e há muito tempo estão livres das doenças respiratórias. “É melhor garantir a imunidade do corpo”, afirmou Antônia.
Campanha
Este ano, a campanha de vacinação acontece entre os dias 15 e 26 de abril em todas as 109 unidades de saúde da capital. No sábado (20), data da mobilização nacional, a vacinação estará sendo realizada em 65 locais.
Fazem parte do grupo prioritário para receber a vacina crianças com idade de seis meses até 2 anos, gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, indígenas, pessoas privadas de liberdade, profissionais de saúde, mulheres até 45 dias após o parto (em puerpério), além dos doentes crônicos.
O diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Moacir Pires Ramos, disse que a vacina disponível na rede pública protege contra os vírus Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. Ramos ressaltou que, após a vacina, o organismo leva entre 15 e 21 dias para ficar imune aos vírus. “A vacinação é uma atividade de rotina, que tem por objetivo evitar casos graves de gripe entre as pessoas com maior risco de evoluir com complicações”, afirmou.
O secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, lembrou que a estratégia para prevenção da gripe não se limita à vacinação. “A vacina é apenas uma parte do trabalho. A lavagem e assepsia das mãos, o tratamento do quadro gripal no momento adequado são tão importantes quanto a imunização”, enfatizou.
Documentação
Para receber a vacina em qualquer uma das unidades de saúde de Curitiba ou nos postos que estarão montados no sábado (20), as pessoas devem levar os seguintes documentos:
Idosos: carteira de identidade;
Crianças de seis meses a dois anos de idade: registro de nascimento ou carteira de identidade;
Grávidas: carteirinha de gestante;
Mulheres até 45 dias após o parto: carteirinha de gestante e o documento do bebê;
Portadores de doenças crônicas: receita de medicamento de uso contínuo ou carta/declaração do médico informando ser portador de doença crônica.
Profissionais de saúde: serão vacinados, prioritariamente, nos hospitais ou nas unidades básicas de saúde onde atuam, ou nos postos de vacinação, mediante apresentação de declaração do médico responsável pelo serviço onde o profissional atua.
Indígenas: serão vacinados pela equipe da SMS.
Pessoas privadas de liberdade: serão vacinadas pela equipe da SMS.