3,5 mil litros de óleo não foram recolhidos

Até a tarde de ontem haviam sido retirados 2.500 litros de extrato neutro pesado dos rios Atuba e Iguaçu, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Na última terça-feira, num acidente ocorrido na empresa Ingrax, no município de Colombo, vazaram 6 mil litros do produto, que pela tubulação de esgoto da empresa atingiu primeiro o Rio Atuba, e, posteriormente o Rio Iguaçu. Foram instaladas oito barreiras de contenção. A mais distante do local do acidente, próxima ao Zoológico, fica a 18 km da Ingrax.

O coordenador da Diretoria de Controle e Recursos Ambientais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), José Luiz Bolicenha, explicou que mesmo metade do óleo ainda não foi retirada, o serviço de limpeza dos rios caminha bem. Ele lembrou que muito do extrato neutro pesado ficou grudado nas encostas dos rios. Até o momento não foram encontrados animais mortos. O dano ocorreu apenas na mata ciliar. “Fica difícil estabelecer um prazo para o término da retirada do óleo, mas acredito que isso aconteça até amanhã”, afirmou Bolicenha, destacando que o IAP está fazendo monitoramento da água também em pontos abaixo daquele atingido pelo óleo no Rio Iguaçu. Visualmente, pode-se notar uma película do material na região do Zoológico. Quanto a multa que será aplicada na Ingrax, Bolicenha não quis adiantar uma data. Todavia, deixou transparecer que a empresa pode ser multada hoje.

Acidentes

O derrame de materiais tóxicos no Rio Iguaçu não é novidade. O maior acidente ambiental do Estado aconteceu justamente no Iguaçu, em16 de julho de 2000, quando 4 milhões de litros de petróleo vindos de uma tubulação rompida da Refinaria Getúlio Vargas (Repar) em Araucária, atingiram o rio. Pela mancha negra de 15 km de extensão, a Petrobras foi multada pelo governo do Estado em R$ 50 milhões.

Em fevereiro do ano passado, a Petrobras se envolveu em novo acidente ambiental. Num rompimento do poliduto que ligava a Repar , em Araucária, ao Porto de Paranaguá, vazaram 1.200 litros de óleo diesel. Inicialmente o material atingiu o Rio Carambiu, passando pelos rios Meio e Sagrado, até atingir o Rio Nhundiaquara. Por ser reincidente, a Repar foi multada pelo IAP em R$150 milhões.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo