Dos mais de 320 mil casos positivos de coronavírus registrados no Paraná, quase 30% deles foram registrados nos últimos 41 dias, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa). Durante esse mesmo período, 1.169 mortes foram contabilizadas, o que representa um sexto (17,7%) do número total de mortes de coronavírus, que é de 6.575.
Os casos cresceram gradativamente e o pico teria ocorrido supostamente em agosto, com estabilidade dos casos nos meses que se seguiram. Entretanto, o relaxamento de medidas de prevenção, como o isolamento social, resultou em uma curva ascendente e preocupante.
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De 12 de março a 31 de julho (142 dias), o Estado registrou 83.690 diagnósticos positivos da doença e 2.113 mortes. De 1º de agosto a 11 de dezembro (133 dias), foram 236.398 testes positivos, com a ocorrência de 4.530 óbitos devido a complicações da doença.
Para o secretário da Saúde Beto Preto, a situação é de extrema preocupação. “Estamos num período em que tudo o que fizemos até agora é colocado em cheque. O Estado tem atuado de forma ágil para viabilizar todo o insumo e suporte aos pacientes, mas a quantidade de pessoas que estão se infectando aumentou e extrapolou a possibilidade de aumentar leitos.”
Beto Preto reforça que todos estão trabalhando com esforços no limite. “Estamos no limite de leitos, realizando o máximo de exames por dia, as equipes estão exaustas, a rotina dentro de uma UTI Covid é mentalmente desgastante e fisicamente cansativa”.
O Estado ativou 2.876 leitos exclusivos para Covid-19 no período. Destes, 1.120 de UTI adulto, 22 UTI pediátrica, 1.700 enfermaria adulto e 34 leitos de enfermaria pediátrica. Em nove meses foram mais de 20 mil internações.
Toque de recolher
Com a publicação do decreto 6.294, em 03 de dezembro, ficou proibida a circulação de pessoas em espaços e vias públicas das 23h às 5h e também a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em espaços de uso público ou coletivo e estabelecimentos comerciais. O decreto restringe a realização de eventos presenciais com mais de dez pessoas. A Polícia Militar, em cooperação com as guardas municipais, é responsável pela fiscalização.
Para denunciar, qualquer cidadão pode entrar em contato pelo telefone 190, e 156 nos municípios em que há guarda municipal.