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O rebanho ainda não vacinado é estimado em cerca de 2 milhões de animais. |
Londrina – O governo do Paraná vai liberar a vacinação do rebanho que deixou de ser considerado suspeito de ser portador do vírus da febre aftosa depois que o Ministério da Agricultura concluiu os exames, em 20 de fevereiro, e apontou sete propriedades como foco da doença. O rebanho ainda não vacinado, pertencente a 873 fazendas, a maioria na região Noroeste, é estimado em cerca de 2 milhões de animais – 20% do total dos bovinos do Estado.
Desde o surgimento da suspeita da doença no Paraná, em 21 de outubro, a vacinação contra a aftosa nos rebanhos sob análise estava suspensa, o que causava apreensão aos produtores da região Noroeste, que faz divisa com Mato Grosso do Sul, onde foram confirmados mais de 30 focos no ano passado. O rebanho livre da suspeita de aftosa foi vacinado em dezembro. A data de vacinação do restante do rebanho ainda não foi definida.
Técnicos do Instituto Ambiental do Paraná e Secretaria de Agricultura orientaram hoje (1) os trabalhos de perfuração das valas onde serão enterrados os 1.795 animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira, norte do Estado, onde foi confirmado o primeiro foco, em 6 de dezembro. O sacrifício, determinado pelo Ministério da Agricultura e referendado pelo Conselho Estadual de Sanidade Animal em 11 de janeiro, estava bloqueado pela Justiça Federal, mas o proprietário da fazenda, André Carioba Filho, concordou em retirar a ação. O sacrifício do rebanho depende ainda da aquisição de lonas impermeabilizantes.
Exposição
Os leilões de gado no Paraná tiveram uma redução de pelo menos 70% desde novembro, estima o empresário Paulo Horto, da Programa Leilões, com sede em Londrina. Para compensar a redução do faturamento da empresa, Horto demitiu 20 funcionários. A Programa vai comandar os leilões da 32.ª Exposição Agropecuária de Umuarama, que começa hoje e vai até o dia 12, esperando, no entanto, comercializar metade dos 800 animais que normalmente vende em cada rodada de negócios desta feira.
As perspectivas para a Expo Umuarama são pouco animadoras, lamenta Milton Gaiari, presidente da Sociedade Rural de Umuarama, já que os organizadores tiveram de cancelar 4 dos 11 leilões previstos.
A 35.ª Expo Paranavaí, prevista para ocorrer entre os dias 10 e 19, foi mais radical: cancelou todos os leilões e deverá movimentar 30% a menos que os R$ 10 milhões faturados no ano passado, segundo Gal Fernandes, presidente da Sociedade Rural de Paranavaí. As exposições de Londrina, a maior do Estado, e de Maringá, programadas respectivamente para abril e maio, estão com os leilões mantidos.
