O Paraná será um dos primeiros estados do Brasil a integrar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A garantia é da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, depois da primeira rodada de discussões da agenda conjunta do Paraná com o governo federal. ?Algumas questões (debatidas com o governador Roberto Requião) vão integrar o PAC, outras são de iniciativa de empresas públicas ou estão com parte em outros orçamentos?, declarou.
O programa, lançado em 1º de janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverá ser operado a partir deste mês, sob a coordenação do Ministério do Planejamento. A iniciativa prevê forte investimento de recursos do governo federal para projetos de interesse regional e estadual nas áreas de infra-estrutura social e urbana, energia e logística de transporte (rodovias, ferrovias e portos).
Dilma não precisou exatamente quais propostas apresentadas pelo Paraná poderão integrar a primeira fase do PAC. Durante o encontro com Requião e secretariado, na Granja do Canguiri, a ministra recebeu farta documentação detalhando vários projetos na área de energia (biodiesel e geração hidráulica), transporte rodoviário e ferroviário, obras no Porto de Paranaguá e nas áreas de segurança e saúde.
?Todas as questões colocadas pelo governo do Estado serão tratadas com o maior critério, com o maior cuidado e aprofundamento necessário?, disse a ministra. Segundo ela, a partir da agenda conjunta serão realizadas várias reuniões em diferentes ministérios para tratar os assuntos abordados.
Acompanhamento
Os encontros serão supervisionados pela Casa Civil e o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, informou Dilma. ?Acredito que as reivindicações são legítimas, algumas de fácil solução, outras vão implicar numa demora maior?, declarou a ministra.
Em relação ao modelo do Porto Público de Paranaguá, ela declarou que o assunto tem interesse do governo federal. ?Temos que discutir todos os modelos. Acho que é importante, porque é de porto público e que seja bem sucedido. Portanto vamos analisar com cuidado e detalhar esta questão?, revelou.
Dilma informou que nos últimos quatro anos o governo federal ouviu sistematicamente todas as reivindicações dos estados. ?Esta reunião aqui (no Paraná) é a primeira deste ano?, frisou.
Para Requião, a vinda dos ministros marca o início de uma nova relação entre o Paraná e o governo federal. ?Maior demonstração de boa vontade (por parte do governo federal) do que esta vinda da ministra Dilma (Rousseff) e do (ministro) Paulo Bernardo para conversar conosco em Curitiba não é possível?, afirmou o governador.
Avaliação
O ministro Paulo Bernardo, um dos articuladores do PAC, informou que um conjunto importante de empreendimentos e obras será incluído no programa. ?Particularmente obras de infra-estrutura, estas sim terão uma distribuição regional, ou mesmo estadual. Nós temos procurado fazer na definição dos empreendimentos, das obras que vão entrar no programa, a preocupação de que ele seja abrangente?, destacou.
Segundo ele, todos os estados terão obras incluídas. ?O presidente Lula tem consultado os governadores e nós temos feito isto também, com objetivo de incluir, já no nosso conjunto, obras que sejam de interesse dos estados. Evidentemente obras estruturantes. Não estamos discutindo pequenas obras que podem ser perfeitamente feitas pelo governo do Estado, mas principalmente as obras estruturais?, encerrou.