Duzentos profissionais das secretarias de Saúde, Meio Ambiente, Agricultura e Defesa Civil do Paraná estão participando do Encontro Estadual para Apresentação e Discussão do Plano de Contingência para o Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza, que começou nesta terça-feira (11), em Curitiba.

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O Paraná é o sexto estado brasileiro a elaborar o seu plano de contingência, na área de saúde, depois de São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, e o encaminhou para o Ministério da Saúde, para a validação. ?O Ministério da Saúde considerou o plano do Paraná como referência para os demais estados brasileiros?, disse o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.

O secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, destacou o envolvimento das entidades do governo do estado nas ações voltadas à prevenção da gripe aviária contribuiu para que o plano estadual fosse escolhido pelo Ministério da Saúde, para ser apresentado na Mostra Nacional de Experiências Bem-sucedidas em Empidemiologia.

O plano dá atenção especial para ações preventivas, evitando que o vírus se propague. Uma das principais preocupações se refere às ações e aos equipamentos de proteção para os profissionais da área de saúde. ?Se porventura o vírus chegar ao país precisaremos ser rápidos e objetivos e, para isto, o trabalho desenvolvido em equipe é fundamental?, afirmou o secretário.

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Serão três dias de debates sobre a doença, com abordagens sobre o cenário atual, biossegurança e treinamento prático. ?O governo do Paraná está empenhado para organizar o Estado com o objetivo de enfrentar uma situação que esperamos não aconteça e preparar os profissionais de saúde para proteger a população contra a doença?, afirmou Lilimar Nadolny Mori, coordenadora do Plano de Contingência do Paraná de Prevenção e Combate à Influenza Aviária.

Os profissionais receberão instruções sobre como devem ser abordados os casos suspeitos, formas de encaminhamento e coletas de material e o seu envio para a realização de exames, a serem feitos em laboratórios de referência nacional, selecionados pelo Ministério da Saúde. Eles também serão responsáveis pela capacitação dos profissionais de sua região.

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O plano prevê os recursos necessários para as ações, inclusive no caso de pandemia. Os leitos para o tratamento da doença já existem na rotina e o seu número será ampliado, se houver necessidade. ?No início do atual governo o Paraná já teve uma experiência ao enfrentar o problema da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) e se saiu muito bem. O mesmo deverá ocorrer em uma possível pandemia por influenza aviária, se ela se manifestar?, observou Cláudio Xavier.

A elaboração do plano ficou sob a responsabilidade de duas diretorias da Secretaria de Saúde. A Diretoria de Vigilância em Saúde e Pesquisa (DVP), que reúne as Vigilâncias Epidemiológica, Sanitária e Ambiental, o Centro de Pesquisa e Produção de Imunobiológicos (CPPI) e o Laboratório Central do Estado (Lacen), e a Diretoria de Sistemas de Saúde (DSS), que engloba a assistência à saúde desde a atenção básica até a alta complexidade ambulatorial e hospitalar, e a Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar).

Os trabalhos de elaboração do plano do Paraná começaram em novembro do ano passado e até a conclusão da sua primeira versão diversas reuniões foram realizadas com representantes das Secretarias da Saúde, do Meio Ambiente e da Agricultura e Abastecimento, da Defesa Civil e de outras entidades.

?Se houver registro de influenza aviária no Estado, caberá à Defesa Civil a articulação dos trabalhos e ações de apoio à população paranaense?, explicou o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da coordenadoria estadual da Defesa Civil do Paraná. ?Todos os esforços estão sendo feitos para que haja uma estrutura sólida o bastante para enfrentá-la, reduzindo ao máximo os danos humanos e materiais?, completou.

Também participaram da elaboração do plano representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Universidade Federal do Paraná, da Universidade Estadual de Londrina, da Universidade Estadual de Maringá e da Fundação Hospitalar Costa Cavalcanti, de Foz do Iguaçu.

Na região das três fronteiras será realizado um trabalho conjunto com a Anvisa, do Ministério da Saúde, e com os ministérios da saúde da Argentina e do Paraguai.

Como medida preventiva, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) intensificará o monitoramento de aves silvestres e o controle do destino das carcaças de pássaros. Também serão identificadas potenciais áreas de risco de contaminação e elaborado procedimento para o tratamento em caso de transmissão da doença.

Segundo o secretário do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, a possibilidade de contaminação está relacionada com as aves migratórias vindas da América do Norte. ?A doença ainda não foi diagnosticada lá, o que torna mais remota a chance de o vírus chegar ao Brasil. Mesmo assim iremos capacitar nossos técnicos para que estejam preparados para uma eventual contaminação?.