O Departamento de Aviação Civil (DAC) autorizou novos vôos regulares de carga a partir do aeroporto Afonso Pena, de São José dos Pinhais. Ainda neste semestre, haverá operação com destino a Frankfurt e até o final do ano será implantada uma linha para Nova York. As duas novas linhas serão operacionalizadas pela Varig, que já mantém um vôo para Alemanha. Outra opção para exportação de produtos para a Europa, por via aérea, é um vôo da ABSA, que não tem regularidade.
A autorização foi dada pelo brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior, sub-chefe do departamento de planejamento do DAC, nesta sexta-feira durante reunião promovida pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio dos Conselhos Temáticos de Comércio Exterior e de Infra-estrutura, com empresários, representantes da Receita Federal e da Infraero e dirigentes do órgão regulador da aviação brasileira.
Atualmente, somente 6% dos 14,5 mil toneladas de produtos exportados por via aérea são despachados pelo Afonso Pena. Com isso, US$ 390 milhões em produtos paranaenses são embarcados para o exterior por terminais de São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. A justificativa das companhias é de que o custo de operação no aeroporto é muito alto em virtude das deficiências de estrutura e condições climáticas do terminal paranaense.
Segundo os embaçadores, o custo de um embarque aéreo para a Europa é de 2,55 euros no Paraná, enquanto o despacho por Guarulhos, por exemplo, custa 1,30 euros. As empresas alegam que este valor se deve à pouca capacidade de embarque nas aeronaves, uma vez que a pista do Afonso Pena não suporta vôos com mais de 30 toneladas de carga.
Para melhorar esta relação, a empresas aéreas pretendem estabelecer linhas regulares que sairão de Porto Alegre, passarão por Curitiba e depois seguirão para os principais aeroportos do país. A Varig, por exemplo, informa que pretende operar a nova linha regular com um avião MD11, que tem capacidade para carregar 90 toneladas.
