O comitê pró-realização do Fórum Social Mundial (FSM) em Curitiba decidiu ? com apoio dos comitês executivos ? realizar edições regionalizadas do fórum em 2007 e 2008. ?Serão encontros que mostrarão aos comitês executivos do fórum, o quanto o Paraná e a cidade de Curitiba estão preparados para receber um evento desta magnitude?, disse, neste sábado (20), Doático Santos, coordenador do comitê paranaense e assessor especial do Governo do Estado para Assuntos de Curitiba.
Já entre os dias 15 e 17 de julho deste ano, Curitiba vai sediar o Fórum Social do Mercosul. ?Vamos reunir os países da América do Sul, ampliar a discussão frente ao neoliberalismo e mostrar as experiências bem-sucedidas de governos populares de Lula, Hugo Chavez (Venezuela), Néstor Kichner (Argentina), Tabaré Vasquez (Uruguai), Michele Bachelet (Chile) e Rafael Correa (Equador)?, afirmou Doático Santos.
Em 2008, o comitê pretende realizar o fórum social brasileiro em Curitiba. ?Os dois encontros serão de grande mobilização popular nos quais vamos mostrar nossa capacidade de organização, além das referências paranaenses de boa administração ? como os programas sociais e a nossa luta pelo patrimônio público ? que precisam ganhar o país?, completa Doático Santos. O fórum social brasileiro ainda não tem data definida, mas deve ser realizado no início do segundo semestre de 2008.
O FMS está na sétima edição ? o encontro está sendo realizado até a próxima quinta-feira (25) em Nairóbi, Quênia/África – e desde sua primeira edição em 2001 se tornou um espaço de debate democrático de idéias, aprofundamento da reflexão e formulação de propostas. O fórum promove também troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil.
Porto Alegre (RS) sediou as quatro primeiras edições, outras foram na Índia e na Venezuela. ?O FSM se configurou como um processo mundial permanente de busca e construção de alternativas às políticas neoliberais e se caracteriza pela pluralidade e diversidade, tendo um caráter não-confessional, não-governamental e não-partidário?, disse Jéferson Miola, coordenador do comitê executivo das edições brasileiras.
?O FSM se propõe a facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial?, completa Miola.