A Secretaria de Saúde divulgou nesta terça-feira (31) nova queda da mortalidade infantil no Paraná. Até o mês de novembro de 2005, foram 13,71 mortes para 1.000 nascidos vivos – índice mais baixo registrado na história do Paraná. A mortalidade infantil vem diminuindo gradativamente no Estado. Em 1979 o índice foi de 56,35 para 1.000 nascidos vivos, em 1989 passou para 33,82, em 1999 19,53, chegando a 16,46 em 2003 e 15,41 em 2004 até o atual 13,71.

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A meta apontada pelo secretário da Saúde, Cláudio Xavier, é reduzir em 10% esses indicadores até 2007. ?Temos que atingir o índice. Para alcançar a meta, o governo tem que estar junto com os municípios, deixando bem claro o papel de cada um. Afinal não são os números que vão salvar vidas paranaenses, são as ações. Por isto estamos investindo na saúde da mulher e do recém-nascido através de programas como Gestação de Alto Risco, que trabalha com um modelo amplo, humanizado e de qualidade na atenção à mulher paranaense já a partir da adolescência?, afirmou Xavier.

Ele destacou ainda o aumento do número de hospitais de referência para atendimento das gestantes de alto risco de 12 para 45 hospitais, além do aumento do número de leitos de UTI (unidades de terapia intensiva) neonatais de 169 para 203 leitos e outros 34 leitos da rede particular contratados para atender o sistema público, bem como a ampliação da cobertura vacinal e disponibilidade de medicamentos e exames.

Programas

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Esse trabalho contínuo de vigilância à gestante e ao recém-nascido de alto risco vai garantir a meta estabelecida. A avaliação é do coordenador estadual da Saúde da Criança e membro do Comitê de Prevenção da Mortalidade Infantil, Polan Piotrowicz. Segundo ele, o Estado deu início ao programa de Atendimento à Primeira Semana de Vida, que prevê o pré-agendamento da consulta de avaliação global do bebê para o quinto dia após a alta. ?Este é um grande avanço no combate à mortalidade infantil, pois a faixa mais vulnerável é de zero a 28 dias de idade?, explica.

Outra ação importante da Secretaria da Saúde é o incentivo à implantação do Ambulatório do Recém-Nascido de Risco, que dá preferência ao atendimento do recém-nascido de risco e caso seja necessário é feita à busca ativa do paciente.

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PSF e Proesf 

O trabalho dos profissionais do Programa Saúde da Família é outro aliado importante no combate à mortalidade infantil. ?Os agentes comunitários conhecem as famílias e sabem onde estão os bebês de risco, desta forma podem acompanhá-los mais de perto e intensificar as visitas?, explica Polan.

Por isso, o Paraná incentiva a criação e o aumento de equipes do Programa Saúde da Família (PSF) nas cidades com população abaixo de 100 mil habitantes. As cidades com população acima de 100 mil habitantes são incentivas a habilitar-se no Projeto de Expansão do Programa de Saúde da Família (Proesf). Nesse caso, recebem um incentivo diferenciado do Ministério da Saúde para a consolidação da Estratégia Saúde da Família nos grandes centros.

Hoje os programas estão implantados em 88,5% dos municípios do Paraná. Dos 387 municípios com população abaixo de 100 mil habitantes, 353 estão habilitados no PSF e, destes, 330 recebem do Governo do Estado repasse mensal de aproximadamente R$ 12 milhões por ano para a manutenção e o custeio das equipes.