Paraná será modelo nacional em pesquisa de profissionais de saúde

Representantes do Ministério da Saúde desenvolveram no Paraná uma pesquisa-piloto para definir o perfil dos profissionais das áreas de Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental de todo o Estado. Com os resultados serão definidos quais são os principais pontos necessários para melhorar a qualificação dos servidores públicos para aperfeiçoar ainda mais os serviços prestados à população. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 19, em parceria com o Centro Formador de Recursos Humanos, da Secretaria da Saúde.

Segundo o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, a pesquisa será aplicada em 277 municípios do Estado definidos aleatoriamente por técnicas científicas de amostragem. ?O Paraná mais uma vez sai na frente e demonstra a preocupação com a qualidade dos serviços?, avalia. Os representantes do Ministério agora estão tabulando a pesquisa, que verificará vários pontos, como o nível de escolaridade, vínculo empregatício e quanto tempo de trabalho tem naquela área o servidor.

?O Centro Formador da Secretaria da Saúde tem uma demanda muito grande para fazer a formação técnica dos servidores?, disse a consultora técnica da Secretaria de Gestão do Trabalho e de gestão em saúde do Ministério da Saúde, Leda Oliveira. Ela explica que o objetivo é propor uma formação técnica que hoje não está bem definida. Depois do final do trabalho os cursos serão propostos de acordo com as informações levantadas, atendendo necessidades específicas.

A diretora do Centro Formador, Vânia Martins, alerta para a importância deste trabalho, já que de 30 mil trabalhadores existentes no Brasil nesta área, 21 mil são de nível técnico e apenas 2% destes têm algum tipo de qualificação específica para a área. ?Queremos a integração entre o ensino e o trabalho. Essa é a melhor maneira de qualificar nossos profissionais e melhorar a qualidade dos serviços?, analisa.

A expectativa, segundo Vânia, é que como projeto-piloto o Paraná possa colaborar com outros Estados com os cursos que serão formatados a partir da análise do perfil definido pela pesquisa. ?Ao todo são 27 escolas técnicas do SUS no País. A intenção é colaborar e promover ainda mais a integração desta rede de ensino da saúde pública no Brasil?, afirma. Uma das vantagens do Centro Formador é a descentralização do ensino promovida pela instituição. Os cursos são ministrados nos próprios municípios e fora do horário normal de trabalho.

Depois de finalizar a aplicação dos questionários, os pesquisadores trabalharão em grupos com gestores e trabalhadores e outras pessoas ligadas à área para validar a pesquisa. Esse resultado definirá como e quais serão as possíveis alterações nos cursos para melhorar a qualificação dos servidores.

A pesquisa também poderá servir de parâmetro científico para outras ações que possam ser desenvolvidas, segundo a consultora da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério, Izildinha Rosa Montone. Ela explica que o perfil levantado poderá ser utilizado para diversos fins.

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