Foto: Ciciro Back |
O acumulo de água em pneus velhos podem se transformar em verdadeiros bersários para larvas do mosquito transmissor da doença.
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Brasília – Desde o início do ano até agora, seis pessoas morreram vítimas da dengue no Paraná, cinco em conseqüência da dengue clássica e uma hemorrágica.
Segundo o Programa Estadual de Controle da Dengue, foram registrados 10.017 casos da doença e 31.553 notificações, das quais 343 foram confirmadas. Esses casos esperam a confirmação de que são autóctones (quando a infecção ocorre no próprio local, no caso, o Paraná) ou importados (se a doença foi contraída em outros estados ou países).
Desde janeiro, 119 municípios apresentaram transmissão ativa de dengue. Maringá, a Noroeste do estado, continua sendo a cidade com maior número de incidência da doença: 2.752 casos. Em seguida está Campo Mourão, com 1474 casos.
Ainda assim, a diretora de Vigilância em Saúde e Pesquisa, Vera Lúcia Drehmer, informa que o governo do estado mantém, principalmente nos municípios com o maior número de infestações, medidas "drásticas" de prevenção, controle e atenção.
De acordo com ela, o trabalho é "eficaz". Ela diz que a ocorrência de mortes é conseqüência de complicações que a doença traz, principalmente em pessoas que têm alguma doença crônica, como problemas cardíacos.
Desde o começo de abril, o Paraná mantém uma operação de emergência, coordenada pela Defesa Civil. ?O que normalmente é feito em um mês está sendo feito em cada município em dois dias?, informa o secretário chefe da Casa Militar, tenente-coronel Anselmo José de Oliveira. Ele acrescenta que as pessoas estão sendo mobilizadas para combater a dengue nos 36 municípios mais atingidos pela doença.
Policiais, bombeiros, militares, funcionários públicos, professores e alunos da rede de ensino estão indo de casa em casa para fiscalizar e fornecer informações aos cidadãos. Eles distribuem cartazes, folhetos informativos e sacos de lixo para acabar com criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypt.
Nesta quinta-feira (10), por exemplo, o mutirão está em Corbélia, região de Cascavel, e Rolândia, região de Londrina. Em Corbélia, segundo o capitão Antonio Schinda, responsável pela operação, estão sendo distribuídos cupons para que as pessoas inscrevam seus imóveis e participem de sorteios promovidos pela prefeitura.
No imóvel sorteado, será feita uma vistoria que incluirá os vizinhos tanto do lado esquerdo como direito da moradia. Se não for encontrado nenhum foco, o morador ou comerciante ganhará R$ 150, e os vizinhos, R$ 50.
A campanha deve prosseguir até que o inverno seja constante e as temperaturas se mantenham baixas, condições em que o mosquito não sobrevive.