A indústria de carne de aves paranaense, a maior do segmento no país, obteve no mês de julho o melhor desempenho de sua história em vendas ao mercado internacional. A receita da exportação paranaense de frangos atingiu a marca histórica de US$ 92,4 milhões, um crescimento de 73,8% se comparado com o mesmo período do ano passado.

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Enquanto isso, em Santa Catarina, segundo maior produtor nacional, a receita de exportação subiu 27,1% e no Rio Grande do Sul, terceiro colocado, a expansão foi de 18,9%.

Os dados são do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas (Sindivipar) e da Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar) e foram apresentados nesta quinta-feira durante a Ave Expo Américas 2005/Fórum Internacional de Avicultura ? evento que está sendo realizado em Foz do Iguaçu.

O vice-governador e secretário de Agricultura, Orlando Pessuti, visitou os estandes da feira que reúne até sábado empresários, executivos, pesquisadores e fornecedores do setor avícola do continente americano. Eles participam de seminários técnicos, painéis de mercado e uma feira de negócios exclusiva para a avicultura de carne e postura.

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Pessuti destaca que atividade avícola no Paraná gera 60 mil empregos diretos, envolvendo 10 mil propriedades rurais. ?É a segunda pauta de exportação paranaense. Só para fazer uma comparação, a exportação de frango só perde para a de soja?, exemplificou Pessuti.

O vice-governador lembrou ainda que a região Oeste está à frente na atividade. Cinco cooperativas agrícolas (C.Vale, Lar, Copagril, Copacol e Copavel) estão investindo R$ 500 milhões no setor, por meio de recursos captados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), além de incentivos no ICMS (Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviços) do Governo do Estado.

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Acumulado

No ano, o desempenho da avicultura também foi o maior da história da indústria paranaense, alcançando US$ 476,7 milhões, o que representa um aumento de 50,3% sobre os sete primeiros meses de 2004. Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o crescimento foi de 17,9% e 29,8%, respectivamente.

De acordo com o presidente do Sindivipar, Domingos Martins, a evolução da receita das exportações paranaenses revela que a indústria local está conseguindo agregar maior valor à produção. ?As empresas locais já estão alcançando resultados positivos decorrentes dos investimentos que realizaram em suas plantas com o objetivo de alcançar preços melhores de sua produção no mercado internacional?, afirma.

O volume de produção paranaense destinado ao mercado externo também aumentou, passando de 48,1 mil toneladas em julho de 2004 para 77,3 mil toneladas no mesmo período deste ano. Uma expansão de 60,5%, enquanto Santa Catarina avançou 20,6% e no Rio Grande do Sul o aumento foi de 5,2%.

No acumulado do ano, o volume exportado pelo Paraná cresceu 25,01%. Neste período, as vendas no mercado externo saltaram de 345,5 mil toneladas para 431,9 mil toneladas.

O presidente da Avipar, Alfredo Kaefer, destaca que o crescimento das exportações é resultado do reconhecimento internacional da qualidade sanitária da produção paranaense. ?As indústrias do Estado buscaram alternativas para garantir uma melhor aceitação internacional do produto e o resultado disso é o avanço nas exportações?, disse.

Brasil

A receita cambial brasileira nas exportações de frango também apresentou crescimento. A venda externa em julho aumentou 37,7%, se comparada com julho do ano passado. O volume exportado pelo país também registrou aumento de 26%, passando de 209,6 milhões de toneladas em julho de 2004, para 264,1 milhões de toneladas no mês passado.

Produção em alta

O cenário externo favorável também tem influenciado o comportamento da indústria avícola paranaense, que tem conseguido ampliar sua produção. No mês de julho, a expansão foi de 4,2%, em comparação a igual período de 2004. Com isso os abates no período cresceram de 80.404.642 para 83.857.333 cabeças. No ano, o crescimento foi de 7,1%, chegando a 569.488.757 cabeças, contra as 531.629.376 abatidas no mesmo período do ano passado.

Estes indicadores garantiram a manutenção do Paraná como o maior produtor nacional de frango de corte. Dados da Fundação Apinco apontam que o Estado responde por 22,4% do alojamento de pintainhos de corte do país, seguido por Santa Catarina com 17,6%, São Paulo com 16,2% e Rio Grande do Sul com 14,9%.