O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti disse em Curitiba que o surgimento de outros focos de febre aftosa no Mato Grosso do Sul torna a situação ainda mais grave para a economia do País. ?Os reflexos do que acontece no Estado vizinho afeta o Brasil como um todo. Estamos muito preocupados, embora não temos aftosa no Paraná há mais de 10 anos?, afirmou Pessuti durante o IV Encontro Paranaense dos Conselhos Intermunicipais e Municipais de Sanidade Agropecuária (CSA).
Segundo Pessuti, o encontro discutiu os preparativos para a segunda etapa da campanha de vacinação contra a aftosa, que acontece a partir de 1.º de novembro. ?O evento já estava marcado antes mesmo do surgimento do foco da doença no Mato Grosso Sul. Com o aparecimento do problema, aproveitamos para discutir a situação e unir forças para que o vírus não atinja o Paraná?, afirmou.
O secretário, que também é o presidente do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), pediu aos representantes dos conselhos de Sanidade Agropecuária que criem os CSAs nos municípios que ainda não possuem. ?Não basta criar onde não há. O mais importante é fortalecer, revigorar e revitalizar os conselhos de Sanidade Agropecuária?, destacou. No Paraná, existem 161 conselhos municipais e intermunicipais de sanidade agropecuária.
O diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Newton Pohl Ribas, destacou que o Brasil só vai resolver o problema da aftosa por meio da educação sanitária. ?Barreiras e ações policiais não impedem a entrada do vírus?, comentou. Ribas citou que, na semana, enquanto secretário da Agricultura em exercício, tomou medidas que não foram compreendidas por algumas pessoas. ?Entre outras, cheguei a interditar a Expo Toledo. Isto porque dias antes da abertura do evento animais do Mato Grosso do Sul foram levados para lá?, lembrou.