Reforço?

Paraná quer manter vagas de UTI covid-19 mesmo após queda das internações: “Outras doenças”

Leitos de UTI em hospital do Paraná. Foto: Rodrigo Félix Leal / AEN-PR

Uma comitiva da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) vai a Brasília em 18 de setembro debater com o Ministério da Saúde o destino dos 1.481 leitos de UTI abertos no Paraná ao longo da pandemia. O objetivo é manter essas vagas ativas mesmo com a queda no número de internações por covid-19, realocando a estrutura para o tratamento de outras doenças nos hospitais. Para isso, o estado vai precisar de contrapartida do governo federal dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Nos próximos dias vamos nos reunir com o Ministério da Saúde para debater o legado dos leitos pós-Covid. Tivemos um trabalho grande para botar toda essa rede de atendimento médico da pandemia à disposição da população e agora temos que trabalhar para manter o maior número possível desses leitos operando”, aponta o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

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Até dezembro, o estado tem garantido o apoio do governo federal no custeio das UTIs abertas na pandemia. Muitas dessas vagas, inclusive, já estão sendo destinadas para outras enfermidades justamente pela queda nos internamentos por coronavírus. E é justamente a manutenção deste custeio para 2022 que o Paraná e outros estados pedem ao Ministério da Saúde, mesmo com o cenário do fim da crise sanitária.

“Na pandemia, conseguimos expandir nosso parque tecnológico de respiradores, monitores e outras máquinas de UTI. Mas para essa estrutura operar precisamos de recursos humanos, medicamentos e insumos”, explica Beto Preto, sobre a necessidade de apoio do governo federal.

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Com a abertura das 1.481 novas vagas na pandemia, os leitos intensivos no Paraná aumentaram de 2.063 em janeiro de 2020 para os atuais 3.544. Um aumento de 71,7%. No pico da pandemia, em junho deste ano, o SUS chegou a destinar 2.007 dessas vagas de UTI exclusivamente para pacientes com Covid-19.

Só de equipamentos, o estado teve de reforçar as UTIs com mais 835 respiradores. A maioria, 521 aparelhos, foi enviada pelo Ministério da Saúde, sendo 184 adquiridos pela própria Sesa e 130 doados por empresas.

Para o diretor de Gestão em Saúde da Sesa, o médico Vinícius Filipak, responsável pelo gerenciamento de leitos no SUS estadual, seria mais do que bem-vinda a manutenção de toda essa estrutura. “Não interessa termos esses equipamentos de UTI parados. Além de deixar de salvar vidas, eles deterioram se não forem utilizados”, argumenta.

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A questão agora é se o orçamento do Ministério da Saúde vai conseguir manter o aporte para manter as vagas extras de tratamento intensivo. E o custo é alto. Até o início de 2020, o custo do sistema hospitalar público no Paraná era de cerca de R$ 130 milhões por mês. Só a Covid-19 sobrecarregou esse montante em mais R$ 50 milhões mensais, totalizando em R$ 180 milhões a manutenção dos leitos de UTI e enfermaria de coronavírus e todas as outras doenças juntas. “Esses R$ 50 milhões são uma diferença muito grande no orçamento. Por isso o esforço do estado do Paraná para tentar manter essa estrutura”, conclui Filipak.

Estrutura tecnológica e equipes mais capacitadas são o legado da pandemia
Na opinião de Filipak, a manutenção das estruturas de UTI e a qualificação que os profissionais de saúde adquiriram no tratamento de pacientes graves são os legados positivos da pandemia. No caso das equipes, o gestor de Saúde da Sesa explica que, pela alta demanda por profissionais com experiência em tratamento intensivo em todo o Brasil, a contratação ficou bastante limitada na pandemia. Com isso, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outros profissionais que já atuavam no sistema tiveram não só que se dedicar mais tempo ao trabalho, como muitos também tiveram que aprender novas técnicas para o tratamento de pacientes complexos.

“As pessoas do próprio mercado tiveram que estender sua carga de trabalho. Então o quadro de funcionários é praticamente o mesmo de antes da pandemia, mas agora com mais aprendizado no currículo”, explica. “Esse cenário de podermos ter mais estrutura de equipamentos e profissionais mais qualificados é melhor do que o que tínhamos antes da pandemia”, compara.

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