O Paraná será o primeiro Estado brasileiro a produzir, em escala industrial, o antígeno (reagente) usado no exame que acompanha a evolução da Paracoccidioidomicose (PCM). Doença típica da população da zona rural, a PCM é um tipo de micose que atinge principalmente homens, com idade entre 30 e 60 anos.
Produzido pelo Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), da Secretaria Estadual da Saúde, o antígeno já foi aprovado em testes realizados em conjunto com o Hospital de Clínicas da UFPR, Laboratório de Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá e Faculdade Paulista de Medicina. Agora, passa por novos exames para avaliar a estabilidade e confirmar o prazo de validade.
O desenvolvimento do reagente foi financiado pela Fundação Araucária. “A previsão é fornecer o antígeno aos laboratórios de referência da Rede Estadual de Saúde até o final deste ano”, afirma Sandra Sella, diretora do CPPI. Após o registro junto ao Ministério da Saúde, o produto será disponibilizado à Rede Nacional de Saúde Pública.
Diagnóstico difícil ? Por ser uma doença normalmente confundida com tuberculose e câncer, a Secretaria Estadual da Saúde, UFPR e UEM elaboraram um protocolo que estabelece critérios para o diagnóstico e tratamento da PCM. O objetivo é normatizar as ações que envolvem a doença, orientar e facilitar o trabalho dos médicos no diagnóstico.
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