A bióloga e chefe da divisão de zoonoses e intoxicações da Secretaria da Saúde, Gisélia Rúbio, participa da reunião promovida pela Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde/ Coordenação Nacional de Hantavirose. O encontro será realizado em São Paulo, a partir desta quarta-feira (26) até sexta (28), e tem como objetivo discutir o problema da hantavirose no país, com participação dos estados da federação que enfrentam o problema.
A reunião é importante para avaliar a situação da doença no Brasil e trocar experiências entre os Estados sobre o combate à hantavirose. ?Estudaremos também como combater a ratada (proliferação de roedores silvestres), pois os ratos são os principais transmissores da doença?, disse Gisélia. Participam Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Ceará, São Paulo e Minas Gerais, além do Distrito Federal. ?O objetivo é ver o que cada um está fazendo para combater a doença e, assim, acumular experiências, evitando que, no futuro, ocorram mais casos?, avalia Gisélia.
No Paraná, foram registrados, em 2003, 14 casos da doença com seis mortes. Em 2004, 10 casos com cinco mortes. Neste ano, até o este mês ocorreram 12 casos, com seis mortes. ?A Secretaria da Saúde distribuiu para todas as suas regionais material explicativo sobre a doença. As regionais estão fazendo um trabalho de capacitação dos profissionais para combater a hantavirose?, explica Gisélia.
Este ano, o Estado passa por um fenômeno natural chamado seca da taquara, o qual propicia a ?ratada?, isto é, um aumento fora do normal da população dos roedores silvestres. A população rural da região centro-sul (União da Vitória, Guarapuava, Irati e Pato Branco) deve ficar mais atenta ao problema.
A hantavirose é uma zoonose transmitida ao homem pela inalação de poeira com fezes, urina e saliva de ratos silvestres. Tem semelhança com uma gripe com febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, tosse seca e falta de ar intensa. Também podem ocorrer náuseas, vômitos e diarréia.