Os 148.390 novos empregos formais criados no Paraná nos primeiros 10 meses do ano – segundo aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho – revela que o Estado está gerando uma média de 14.839 empregos a cada mês. O resultado significa ainda o surgimento de 495 postos de trabalho a cada dia. Se considerados apenas os dias úteis, o número sobe para 742.
É o melhor resultado dos últimos 10 anos, conforme atestam o Ministério do Trabalho e o Dieese. O resultado do período também é mais que duas vezes maior que o registrado em todo ano passado, quando o número de novos empregos formais chegaram a 62.370, até então o melhor da década. Com esses resultados, o governo do Estado calcula que já são 700 mil empregos diretos e indiretos criados no governo Roberto Requião.
Só a indústria do Paraná foi responsável por 60.259 dos 149.390 empregos formais criados de janeiro a outubro deste ano no Estado. "O crescimento da indústria paranaense está acontecendo de forma sustentável", afirma o economista do Dieese-PR Cid Cordeiro. O crescimento no período foi de 9,19%. No ano passado, a elevação no mesmo período havia sido de 5,65%.
Os números do Caged revelam ainda que o Paraná vem se firmando como o terceiro Estado no ranking brasileiro dos maiores geradores de empregos. Resultados superiores aos do Paraná neste ano só são observados em São Paulo e em Minas Gerais. No entanto, é preciso considerar que São Paulo tem uma população quatro vezes maior que a do Paraná. Já a população de Minas Gerais é duas vezes maior.
Exportações
Outro indicador sobre a boa fase da economia do Paraná está no resultado das exportações do Estado. Nos primeiros 10 meses do ano, as vendas externas paranaenses atingiram a marca de US$ 8,1 bilhões, superando em US$ 1 bilhão as vendas internacionais de todo o ano de 2003. Com isso, o saldo da balança comercial do Estado este ano já está em US$ 4,8 bilhões, resultado 48% maior. No ano passado, o superávit dos primeiros dez meses ficou em US$ 3,23 bilhões.
Desde o começo do ano, a venda de produtos industrializados tem dominado a pauta das exportações paranaenses. De janeiro a outubro, o setor industrial exportou US$ 4,41 bilhões, superando em US$ 800 milhões a venda de produtos primários, que somou US$ 3,61 bilhões em 2004.
No acumulado do ano, entre os produtos industrializados em destaque estão bombas injetoras (de US$ 8,8 milhões, em 2003, para US$ 109 milhões), produtos de marcenaria (de US$ 16 milhões para US$ 79 milhões), tratores (de US$ 16 milhões para US$ 73 milhões), carnes bovinas desossadas (de US$ 30 milhões para US$ 65 milhões) e colheitadeiras (de US$ 28 milhões para US$ 61 milhões).
Parceiros
Com o fechamento dos dados de outubro, os EUA voltaram a ser o principal parceiro comercial do Paraná, seguidos pela China. O mercado norte-americano comprou US$ 1,05 bilhão de produtos paranaenses, registrando um crescimento de 14,48% em relação a 2003. As vendas para a China ficaram em US$ 1,04 bilhão, mas com uma evolução bem mais sensível (87,16%) sobre o período do ano passado.
O maior crescimento entre os principais parceiros comerciais do Paraná neste ano foi o da Argentina. As exportações para o país vizinho aumentaram 93%, subindo de US$ 257 milhões, nos primeiros dez meses de 2003, para US$ 496 milhões, em 2004. A alta nas vendas para a Argentina influenciou as exportações para o Mercosul, que apresentou o maior crescimento entre os blocos econômicos, com uma evolução de 69,3%.