Paraná já atende usuários de drogas conforme nova lei

O Programa de Atenção Integral a Usuários de Álcool e Drogas do Paraná já oferece tratamento a dependentes químicos conforme a nova lei que entra em vigor em 45 dias. A coordenadora estadual do Programa de Saúde Mental, Cleuse Barleta, considera a nova lei uma evolução, pois reconhece que este também é um problema de saúde pública que precisa ser enfrentado, pois o usuário é um doente e precisa de tratamento.

O Programa de Atenção às Dependências Químicas tem como componentes principais: atenção básica, atenção nos CAPs (Centros de Atenção Psicossocial) e ambulatórios e atenção hospitalar de referência. As ações de saúde mental na atenção básica são importantes para detecção precoce de alcoolismo, desintoxicação em casos leves e articulação comunitária para ações de cunho preventivo.

Num segundo nível de atenção estão os Centros e ambulatórios. Existem 14 Caps Álcool e Drogas em 10 cidades, representando 3.010 vagas exclusivas para o tratamento de dependências químicas, além de 18 Centros tipo I, que também oferecem tratamento para transtornos psíquicos causados pelo uso e abuso de álcool e drogas. Até o final do ano serão 22 CAPs AD, representando 4.730 vagas exclusivas.

 Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Agentes de Saúde em Alcoolismo (Abrasa) e coordenador de Recursos Humanos do Caps AD do Bairro Novo em Curitiba, Oswaldino Moreira Sá, a dependência química é uma doença que começa com uma simples brincadeira e o tratamento aberto é a melhor opção porque possibilita que o paciente tenha uma vida normal. ?Cerca de 50% dos pacientes que iniciam o tratamento junto ao Centro conseguem terminá-lo e receber alta, enquanto que em tratamentos convencionais este número chegava a apenas 30%?, diz .

O programa também prevê a implantação de leitos de referência para desintoxicação e tratamento em hospitais gerais, como é o caso do Hospital de Irati, que possui 14 leitos.

Segundo Oswaldino Moreira Sá, no tratamento de dependência química é necessário que cada paciente tenha um projeto terapêutico individualizado que considere as condições de uso e abuso de drogas, assim como as condições sociais e familiares para o estabelecimento do diagnóstico. O tratamento inclui a desintoxicação, a prevenção de recaída e trabalho com a família e a articulação com a rede social de apoio (Igreja, escola e emprego, entre outros).

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