O governo do Paraná investirá cerca de R$ 954 mil na construção de mais 65 casas para entidades ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). "As entidades são importantes para o Paraná e a construção das moradias ajuda a fortalecê-las, a garantir que não desapareçam", justificou o governador Roberto Requião (PMDB). Durante a solenidade de assinatura do convênio, Requião anunciou que o Estado destinará áreas para novos assentamentos.
Serão beneficiadas a Escola Superior Latino-Americana de Agroecologia/Instituto Contestado, da Lapa, na região metropolitana de Curitiba, com R$ 465 mil para 30 moradias, o Instituto Técnico de Educação e Pesquisa da Reforma Agrária/Itepa, de Maringá, no norte do Estado, que receberá R$ 256,6 mil para levantar 20 moradias, e a Associação Comunitária do Assentamento Dorcelina Folador, de Arapongas, também no norte com R$ 232,2 mil para 15 moradias. O prazo de conclusão é de cinco meses.
De acordo com o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Luiz Cláudio Romanelli, as entidades têm como finalidade a formação de técnicos em agroecologia e agropecuária em nível superior, além de fazer pesquisas e capacitar assentados e pequenos agricultores. As moradias serão para funcionários e alunos. Cada uma terá 53,23 metros quadrados. Em setembro do ano passado foram entregues 10 casas a funcionários do instituto de Maringá, no valor de R$ 160 mil.
Assentamentos
O governador Requião anunciou que está sendo feito um levantamento das áreas de reflorestamento do Estado, principalmente áreas da Ambiental Paraná, já em fase de corte. Após a retirada da madeira, as áreas devem ser destinadas ao assentamento de trabalhadores rurais. Segundo o governador, isso irá preservar as terras, que poderiam futuramente sair das mãos do Estado, e estimular a pequena e média propriedades.