Paraná investe para ampliar número de transplantes

O Governo do Paraná está investindo para ampliar o número de transplantes no Estado, que já está entre os melhores do País segundo dados do Registro Brasileiro de Transplantes.

As ações vão desde investimentos em equipamentos até modificações na sistemática de controle da Notificação de Morte Encefálica. No final de abril, por exemplo, o Governador Roberto Requião autorizou a abertura de licitação para aquisição de cinco aparelhos de Ecodoppler Transcraniano (ultra-som para avaliar o fluxo das artérias cerebrais), para a Central Estadual de Transplantes do Paraná. ?Com estes novos equipamentos será possível determinar a morte encefálica de doadores de órgãos com maior rapidez?, afirma o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.

A aquisição dos equipamentos faz parte do plano estadual para aumentar a notificação de morte encefálica, a doação e captação de órgãos no Estado. A agilidade no processo de diagnóstico da morte encefálica vai aumentar a possibilidade de doação de órgãos e tecidos, e, em conseqüência, aumenta o número de transplantes.

A Central Estadual de Transplantes também conta com uma infra- estrutura organizada de transportes para agilizar a retirada e transplantes de órgãos em todo o estado. Para longas distâncias o Governo disponibiliza quando necessário até dois aviões. De 2003 para 2005, o número de atendimento por via aérea aumentou em sete vezes. Em localidades mais próximas a Central Estadual de Transplante utiliza viatura própria e táxis conveniados que auxiliam no transporte de equipes de transplantes e no transporte de órgãos.

?Temos concentrado esforços para despertar interesse e mobilizar as pessoas despertar a curiosidade para que se informem melhor sobre esse ato tão importante e necessário para a vida humana?, disse Xavier.

Uma parceria do Governo do Estado com a iniciativa privada possibilitou a produção e veiculação da campanha institucional. ?Existe Vida Pós a Morte?, veiculada em outubro e novembro do ano passado. O objetivo é incentivar à doação de órgãos e de tecidos, promover a conscientização e o debate sobre o assunto na sociedade. Ao todo, 12 empresas de comunicação participaram gratuitamente da campanha, economizando aos cofres públicos aproximadamente R$ 350 mil.

O governador Roberto Requião também assinou convênio com a Universidade Federal do Paraná/Banco de Olhos do Hospital de Clínicas, que visa reduzir substancialmente o número de pacientes na fila de espera de transplantes de córnea. Além disso, o convênio melhorará as qualidades das córneas para os pacientes do SUS, segundo o professor Hamilton Moreira, Diretor do Banco de Olhos.

Outra medida tomada pela Secretaria da Saúde foi autorizar e normatizar a criação de Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) e de Córneas (OPCs) no Estado, como mecanismos auxiliares para efetuar a busca ativa de potenciais doadores de órgãos e tecidos em hospitais com Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). ?A parte prática desse programa é uma das principais formas que adotamos para detectar um possível doador. Mas é importante lembrar que as ações educativas de conscientização da população é um trabalho que não pode ser interrompido?, afirma o diretor médico da Secretaria, Manoel Guimarães.

Também foram firmados convênios com as Universidades Estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) para formar a Rede Paranaense de Terapia Celular com investimentos de R$ 5 milhões. O Paraná foi o primeiro estado a entrar na lista do Sistema Nacional, servindo de modelo para o resto do País e auxílio no treinamento a outros estados. ?Queremos ampliar a oferta de órgãos e estamos estudando e investindo em medidas que possam facilitar esse processo?, avalia Guimarães. Além disso, o Paraná serviu de modelo para todo o resto do país em legislação de transplantes.

Outra ação realizada com o objetivo de aumentar as notificações de morte encefálica, foi a emissão de uma Resolução que começou a vigorar em fevereiro deste ano, exigindo que os hospitais informem as Centrais de Transplantes do Estado cada vez que forem internados pacientes com enfermidades específicas.

?Queremos melhorar cada vez mais os indicadores de transplantes no Paraná. Todas as ações que estão sendo desenvolvidas pela Central Estadual de Transplantes visam diminuir as filas de espera de transplantes de órgãos e tecidos?, conclui o diretor da CET- PR. Carlos Renato d?Ávila.

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