Paraná faz frente ao projeto neoliberal, diz Lessa

O desempenho do governador Roberto Requião na proteção do patrimônio público e na defesa dos interesses dos paranaenses se constitui, na opinião dos economistas Carlos Lessa e César Benjamin, no único foco de resistência às políticas neoliberais que vêm desmantelando os estados brasileiros.

?Qualquer governador está submetido à política econômica. Essa política no Brasil opta pela mediocridade e desemprego, privilegia a aplicação financeira e juros escandalosos, e não cria um clima favorável ao desenvolvimento. Requião está na contra-mão disso tudo e tem uma tarefa extremamente importante e ao mesmo tempo difícil?, disse Lessa nesta sexta-feira (9) em entrevista a Paraná Educativa.

Lessa destacou a determinação do governador em sustar as privatizações da Copel, Sanepar e Ferroeste, a luta contra os pedágios, as políticas sociais, os incentivos fiscais e as missões comerciais que propiciaram a retomada do desenvolvido do Paraná nos últimos três anos.

?O governador Requião fez um grande esforço em robustecer a pequena empresa do Paraná. A providência adotada no Paraná desonerou 150 mil empresas, o que muito importante para dar uma injeção de adrenalina, de vitamina nessas empresas?.

?Ao mesmo tempo, Requião procurou abrir caminho para projetos importantes. Ele articulou a economia do Paraná com outros países. Na recente viagem à Venezuela ? que vai ser um grande parceiro brasileiro -, a agenda estabeleceu uma linha regular ligando portos venezuelanos ao Porto de Paranaguá, criando facilidades especiais de acessos. Isso é muito importante para que o comércio do Paraná com o resto do mundo se desenvolva?, avalia Lessa.

Além de respaldar as ações do Governo Requião ? voltadas à inclusão social, à geração de emprego e renda e à defesa da solidez do estado brasileiro -, César Benjamin, por sua vez, questiona a retaguarda ocupada pelo governo brasileiro na política latino-americana.

?Num momento em que a América Latina claramente vive a superação de um ciclo desastroso de políticas neoliberais. Nesse momento, o governo brasileiro que foi eleito para ser um governo transformador, para ser uma vanguarda desse processo, ocupa a posição de retaguarda. Porque não só confirmou como radicalizou a política neoliberal?.

Anti-privataria

Os dois economistas reforçaram ainda o trabalho de Requião ?em resgatar decisões que os neoliberais tomaram em relação ao Paraná: privatização de estradas e de uma ferrovia (Ferroeste) que foi absurdamente dispensada pelo governo anterior?.

?Quando Requião assumiu o governo, a Copel estava numa situação precária e hoje é a empresa de energia elétrica do Brasil de mais alta eficiência mesmo subsidiando 300 mil famílias mais pobres consumidoras de pouca energia elétrica do estado. É uma maravilha o que aconteceu com a Copel?, disse Lessa.

Lessa enfatiza que Requião resgatou a Sanepar, a classificou como excelente empresa de saneamento. ?A Sanepar estava correndo o risco de se converter numa empresa privada em mãos de um grupo muito duvidoso?.

?O governador Requião faz um grande esforço contra a privatização mal feita, contra a privatização perniciosa ao interesse público, aos interesses nacionais. Ele dá exemplo que é possível reverter o pesadelo neoliberal?, conclui Lessa.

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