Paraná “exporta” desossadores para a Austrália

Curitiba – A carreira de desossador de carne, aquele que separa o osso da carne para que ambos possam ser industrializados, está em alta na Austrália. E os brasileiros estão entre os profissionais bem-vindos para o trabalho que pode render cerca de US$ 37 mil anuais de salário. Somente uma empresa de Maringá, no norte do Paraná, enviou 114 desossadores em um ano. Mais duas pessoas viajam no dia 8 e outras 14 estão prontas para seguir nos próximos dias.

Apesar de o contrato ser de dois anos renováveis por mais dois, os frigoríficos contratantes preferem que as pessoas fixem residência em definitivo na terra dos cangurus. Essa foi uma das opções para algumas pessoas que perderam emprego com a recente crise por que passaram alguns frigoríficos paranaenses, quando do anúncio de suspeita de febre aftosa no Estado. "Fazemos um controle, cadastrando apenas os que têm possibilidades de serem contratados", diz o gerente da Brazil Gateway, Roger Martin Silva. "Temos compromisso de oferecer mão-de-obra qualificada."

A inscrição custa R$ 500,00 e somente dez são admitidos por semana. Uma das exigências é a comprovação de experiência mínima de três anos. Na agência eles recebem orientações para os testes teóricos, que envolvem normas de higiene, qualidade e segurança. Mas a parte prática precisa ser comprovada pela vivência. Em uma fita de vídeo cada candidato grava suas técnicas ao empunhar a faca, "atacar" o animal e limpar o osso. É o que vai pesar mais na avaliação do contratante.

Os custos com transporte e documentação são cobertos pelos contratantes e pela agência. A pessoa vai com passagem reservada para retorno em 30 dias, caso não se acostume. Pelo menos entre os enviados pela agência de Silva, nenhum precisou dela. Pelo contrário, seis levaram as esposas e filhos.

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