Paraná estimula biodiesel no Noroeste

O governador Roberto Requião se reuniu nesta
segunda-feira (7) com o empresário Ricardo Audi para avaliar o projeto de
produção de biodiesel a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar que está
sendo desenvolvido pela empresa Raudi em São Carlos do Ivaí, Noroeste do Paraná.

Durante o encontro, que contou com a participação de técnicos do Instituto
de Tecnologia do Paraná (Tecpar), da Copel e do deputado estadual Rafael Greca,
Requião determinou que os técnicos façam estudos técnicos e de viabilidade
econômica para uma possível participação do governo no projeto de produção do
combustível.

"Qualquer idéia de produção de uma energia alternativa,
não-poluente e que use o bagaço e a palha da cana-de-açúcar, material abundante
e que é dispensado pelos usineiros do Noroeste, é de interesse do governo",
disse.

Produção

O empresário Ricardo Audi explicou ao governador que a
pesquisa para a produção do combustível na empresa começou há 15 anos e que já
custou U$$ 8 milhões. Segundo ele, a cada cinco quilos de matéria seca de
cana-de-açúcar é possível produzir um litro de biocombustível.

A idéia do
empresário é contar com o apoio do Governo do Estado para produzir,
inicialmente, 100 milhões de litros do combustível por ano. Já a capacidade
brasileira de produção de biodiesel a partir da cana-de-açúcar, segundo Audi,
chega a 40 bilhões de litros a partir de 150 milhões de toneladas de
matéria-prima.

"O Paraná tem potencial e para se tornar o líder no setor no
país. Só na região Noroeste, onde a fábrica está instalada, existem cerca de 30
usinas que processam 90 milhões de toneladas do produto anualmente. Parte da
matéria necessária para a fabricação do biodiesel é simplesmente queimada ou
dispensada pelos usineiros", explicou.

O diretor da Divisão de Biocombustível
do Tecpar, Bill Jorge Costa, disse que o instituto e a Copel vão trabalhar em
parceria com a empresa para estudar os meios adotados pela empresa para
transformar o gás obtido através da cana-de-açúcar em combustível. "Este é a
maior desafio que as empresas que atuam no setor enfrentam. Isso porque o gás
não pode conter nenhuma impureza".
 

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