Pesquisa inédita realizada pelo IBGE e divulgada nesta quarta-feira (17) revela que o Paraná está entre os cinco Estados com melhor índice de segurança alimentar. A taxa paranaense é de 74,1% dos domicílios particulares, ou seja: cerca de 8,6 milhões de paranaenses têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente. Os índices apresentados pelo Paraná são superiores ao da média nacional (65,2%), bem como aos apresentados pelo Rio de Janeiro (71,7%), Minas Gerais (68,2%) e Espírito Santo (71,7%).

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A insegurança alimentar, que afeta 18 milhões de domicílios brasileiros, a maioria na região Nordeste, está presente em 25,9% dos lares paranaenses, sendo 13,9% de forma leve, 8,5% moderada e 3,7% grave, sendo esta última caracterizada pela experiência de fome na família pelo menos uma vez em um período de 90 dias. Neste requisito, a atuação do Paraná é ainda melhor, saltando do quinto para o terceiro lugar, atrás apenas de Santa Catarina e São Paulo.

O levantamento indica que 109 milhões de brasileiros, cerca de 60% da população, vivem em domicílios considerados em condições de segurança alimentar. São residências onde há acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e sem que para isso sejam comprometidas outras necessidades essenciais, como, por exemplo, saúde e educação.

O pesquisador Renato Maluf, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, acredita que a insegurança alimentar poderia estar pior ainda não fossem os programas de governo. Ele adverte, porém, que para combater a fome são necessárias ações multissetoriais e programas integrados que envolvam várias áreas. ?Não é só uma questão de transferir renda para quem tem fome. É fazer com que junto com a questão imediata haja outras ações de educação alimentar, de geração de emprego e renda, de formação de hábitos?.

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Maluf citou como exemplo a implementação de programas que articulem a aquisição de alimentos da agricultura familiar e os programas alimentares de oferecimento de refeições nas escolas e creches. Embora os programas sociais ainda não garantam uma condição de segurança alimentar a seus beneficiários, sua existência é fundamental para garantir a todos o direito à alimentação.