A Secretaria de Saúde do Paraná está alertando a população para os perigos da hantavirose. Já foram confirmados três casos de morte relacionados à doença nos municípios de Inácio Martins, Guarapuava e Coronel Domingos Soares.
Segundo a chefe da Divisão de Zoonoses e Animais Peçonhentos da Secretaria de Saúde, Gisélia Rúbio, desde o início do ano já foram confirmados no estado sete casos, sendo que outros dez estão em investigação pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. No ano passado, foram confirmados dez casos, com cinco mortes.
A chamada "ratada" é um acontecimento natural, que ocorre a cada trinta anos em decorrência da florada e seca da taquara (espécie de bambu nativo), alimento natural dos roedores. Com a maior produção de sementes, aumenta a reprodução dos animais, com conseqüente superpopulação. Como a quantidade de sementes torna-se insuficiente com o temop, eles acabam procurando comida nas casas e lavouras. De acordo com Rúbio, o fenômeno deve se estender até o início do ano que vem, quando termina o ciclo de reprodução da taquara.
Ela explicou que os sintomas iniciais da hantavirose são muito parecidos com uma gripe, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores musculares e, principalmente, grande dificuldade respiratória. Ela avisa que moradores de área rural ou que tiveram alguma atividade relacionada ao meio silvestre, ao apresentar esses sintomas, devem buscar com urgência atendimento médico. Quando não tratada, a hantavirose pode matar.