As políticas de combate à tuberculose nos três Estados do Sul estarão em pautas em Curitiba nesta quarta-feira (10) e quinta-feira (11). A proposta é do Ministério da Saúde em parceria com as Secretarias Estaduais e municipais de Saúde. Durante o evento serão apresentados relatos dos coordenadores estaduais de combate à tuberculose e uma avaliação epidemiológica do primeiro semestre de 2005. ?Com a apresentação desses dados, podemos discutir e fazer uma avaliação da melhor maneira para combater a tuberculose nos três Estados?, avaliou o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.
O programa de controle da tuberculose possui interfaces de trabalho com o Laboratório Central do Estado (Lacen), Central de Medicamentos do Paraná (Cemepar), Programas de Saúde da Família (PSF) e Agentes Comunitários da Saúde (ACS).
O Paraná apresenta a menor incidência da doença na região Sul, com 26,8 casos por 100 mil habitantes. Enquanto isso, Santa Catarina tem incidência de 27,4 por 100 mil e o Rio Grande do Sul, de 46 por 100 mil. No Brasil, o Paraná tem a quarta menor taxa, ficando atrás somente do Distrito Federal (16,7/100mil), Tocantins e Goiás (ambos com 17,8/100mil). A incidência mostra qual o risco de uma pessoa contrair a doença e é o principal indicador utilizado pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS).
Nos três Estados do Sul 41 municípios são prioritários, chamados assim por terem um coeficiente de incidência mais alto da doença ou uma população acima de 100 mil habitantes. De todos esses município, dez estão localizados no Paraná e são: Colombo, Curitiba, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Londrina, Maringá, Paranaguá, Pinhais, Ponta Grossa e São José dos Pinhais. ?Já estamos fazendo trabalhos específicos nestes locais há algum tempo. Quando percebemos uma incidência alta, prontamente elaboramos novas estratégias?, explicou a coordenadora Estadual de Combate a Tuberculose no Paraná, Elisabeth Sense.
Doença
A tuberculose é uma doença grave, transmitida pelo paciente quando fala, espirra ou tosse por meio das gotas de secreção respiratória que se propagam pelo ar. Causada por um microorganismo, o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis, a enfermidade pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O tratamento é gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além do coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Joseney Santos, e do diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Expedito Luna, o encontro conta com a presença dos coordenadores de controle da tuberculose dos três Estados além de representantes dos municípios prioritários.