Responsáveis pela fiscalização ambiental na costa paranaense e paulista reuniram-se na última semana, em Curitiba, para definir o plano de ação das operações conjuntas para coibir crimes ambientais na região de ocorrência da Mata Atlântica – Serra do Mar e região litorânea.
Participaram da reunião representantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Programa Pró-Atlântica (desenvolvido no Paraná e em São Paulo com apoio do banco alemão KfW), das polícias ambientais dos dois Estados e também do Instituto Florestal de São Paulo. Foram programadas blitze conjuntas, que serão realizadas nos próximos meses por mar e terra nas cidades litorâneas.
As operações incluem fiscalizações marítimas partindo da Ilha da Figueira, na divisa com o Estado de São Paulo, em direção à Barra do Saí, no litoral sul do Estado. Também são realizados sobrevôos em toda a região de ocorrência da mata atlântica para complementar a fiscalização – localizando geografricamente, com auxílio de GPS, possíveis irregularidades ambientais para a intensificar a fiscalização por terra.
Barcos também são abordados para verificação de documentos da embarcação e dos tripulantes. ?Em caso de infrações ou crimes ambientais, pode ocorrer autuação, embargo, apreensão de equipamentos e até mesmo detenção dos envolvidos?, explicou o chefe da fiscalização do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Sebastião Carvalho.
Segundo ele, as principais infrações no Litoral estão relacionadas à pesca predatória, desmates e crimes relacionados à fauna, como contrabando de animais silvestres.
A parceria com o Estado de São Paulo começou em 2004 e já foram realizadas mais de dez operações conjuntas – que incluem blitze por terra, mar, nas baías e também fiscalizações aéreas. ?Desde então, as operações começaram a acontecer simultaneamente nos dois Estados; dificultando e impedindo a fuga dos infratores de um estado para outro?, completou Sebastião.