Avançar na adoção de medidas de prevenção primária contra a febre aftosa nos municípios do Paraná e do Paraguai, localizados na faixa de fronteira entre o Brasil e o país vizinho. Este será o desafio de técnicos da Secretaria da Agricultura, do governo do Paraguai e de representantes da iniciativa privada de ambos os países que participam nesta sexta-feira (20), em Curitiba, da 3ª Reunião Bilateral sobre o plano de ação para erradicar o vírus da aftosa na América do Sul.
O vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, lembrou que as ações e procedimentos que serão adotados pelo Estado do Paraná e pelos Departamentos de Canindeyú e Alto Paraná, no Paraguai, foram definidos durante a 2ª Reunião Bilateral, que aconteceu na cidade de Mariano Roque Alonso, região metropolitana de Assunção, no dia 25 de novembro do ano passado.
Segundo Pessuti, o plano de ação conjunta, voltado à erradicação da febre aftosa, é a medida mais eficiente para impedir que o vírus da febre aftosa continue a aparecer na região. ?Devemos ressaltar que esse plano de ação conjunta tem, como colunas de sustentação, a vigilância epidemiológica, a educação sanitária e as ações emergenciais sincronizadas?, informou.
Durante a reunião desta sexta-feira (20), os participantes vão estabelecer o georeferenciamento das propriedades com gado, situadas até 25 quilômetros em ambos os lados da fronteira.
No Paraná, a iniciativa vai abranger 8.745 propriedades de 11 municípios, onde se concentram 205.700 animais. Os municípios são Guaíra, Mercedes, Marechal Cândido Rondon, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste, Santa Helena, Missal, Itaipulândia, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu e Foz do Iguaçu.
Segundo o diretor do Departamento de Fiscalização (Defis) da Secretaria da Agricultura, Felisberto Baptista, a troca de dados referentes ao referenciamento será feita até o dia 31 de maio, numa reunião a ser marcada.
?Nesta sexta-feira (20), vamos estar fazendo a troca de cadastros das propriedades com bovídeos, localizadas no raio até 25 quilômetros de ambos os lados da fronteira?, ressaltou.
Técnicos da Secretaria da Agricultura informaram que o Paraná já tem o cadastro das propriedades com bovídeos em todos os municípios do Estado. Segundo eles, apenas será realizada a atualização dos cadastros das propriedades localizadas nos 11 municípios pelos Conselhos Intermunicipais de Sanidade Agropecuária (CSA?s), juntamente com a Secretaria.
Os participantes da reunião ainda vão discutir a metodologia usada para identificar os animais das propriedades. O Paraná propõe que a identificação seja feita, pelo menos no Estado, através do número do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).
