O Paraná está oficialmente em segundo lugar no ranking nacional na produção de alimentos de qualidade, segundo o Programa Alimentos Seguros (PAS). Depois do Rio Grande do Sul é o Estado que teve o maior número de indústrias alimentícias que receberam o Atestado de Conformidade em APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle).
O programa, que apóia a implantação de Sistemas de Qualidade em Alimentos, é coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), através do Senai, juntamente com Ministério da Saúde, Ministério da Agricultura, em parceria com Confederação Nacional do Comércio (CNC), Senar e Emprapa.
Criado em agosto de 2002, o Programa de Alimentos Seguros é uma evolução do Projeto APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), iniciado em 1988 para orientar a adoção de boas práticas no processo de produção, manipulação e industrialização dos alimentos. O objetivo é aumentar a segurança e a qualidade dos alimentos produzidos para a população brasileira e ampliar a exportação, preparando o setor produtivo nacional para atender as exigências dos países importadores.
No Paraná, desde 1998 o Senai treina técnicos para prestar consultoria às indústrias do setor alimentício. Nesta consultoria a instituição qualifica as empresas para que elas produzam dentro dos rigorosos critérios de controle para garantir uma produção livre de contaminantes que possam oferecer danos à saúde do consumidor, bem como adequar produtos (principalmente grãos e carne) aos mercados estrangeiros, conforme explica Isabela Ferrari Pereira Lima, coordenadora da Área de Consultoria em Alimentos do Senai da Cidade Industrial de Curitiba.
O setor de alimentos e bebidas no Paraná é representado por 4.838 empresas, o equivalente a 17% do total de empresas do Paraná. Elas respondem por 34,5% do faturamento da indústria de transformação do Estado e empregam 190 mil trabalhadores.
A posição de destaque alcançada pelo Paraná no setor é resultado de investimentos feitos nos últimos anos especialmente na área de sanidade animal. A união das lideranças do setor junto aos pecuaristas melhorou muito a qualidade do rebanho do Estado o que refletiu diretamente na qualidade da produção dos alimentos derivados da carne e leite.