"Nosso país é considerado de terceiro mundo, mas ao visitarmos o Porto de Paranaguá percebemos que é de primeiro mundo e, pela sua importância e projetos em desenvolvimento, deve servir de exemplo para o Brasil". A afirmação é do engenheiro da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Fernando Elias Siqueira Rangel, que esteve nesta terça-feira em Paranaguá acompanhando representantes do Porto de Vitória (ES).
O objetivo da visita foi conhecer as instalações do maior porto exportador de grãos do mundo e trocar experiências técnicas sobre os projetos em andamento, entre eles a pavimentação em concreto das vias de acesso e a instalação do Terminal Público de Contêineres.
Para o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, a presença dos representantes da Codesa e as declarações feitas por eles servem como mais um incentivo para manter a linha de trabalho adotada pela Administração Portuária. "Ficamos felizes em saber que nossas metas de transformar os portos do Paraná em terminais competitivos, modernos e seguros estão sendo atingidas e reconhecidas como exemplos a serem seguidos", afirmou.
A pavimentação em concreto nos 25 quilômetros das vias de acesso do porto foi elogiada pelos representantes da Codesa até Paranaguá. "Tivemos impressões positivas com a pavimentação nos acessos, que é um dos motivos que nos trouxeram aqui porque estamos licitando uma obra semelhante, só que com 1,5 quilômetro", disse o engenheiro de operações Clóvis Lascosque.
Ele destacou ainda que, assim como acontecia em Paranaguá, vários comércios irregulares permanecem instalados no percurso que deverá receber a pavimentação no porto capixaba. "Temos borracharias, restaurantes, bares e até moradias instaladas em cima das calçadas. Vamos tentar pelos meios legais, semelhantes ao processo adotado pela Appa, desocupar as invasões que estão em áreas que pertencem ao porto", revelou Lascosque.
Intercâmbio
No ano passado, a movimentação de cargas no Porto de Vitória foi recorde, ultrapassando a marca de 6,3 milhões de toneladas. Com ênfase na operação de cargas como café, granito e trigo, o Porto de Vitória atua, principalmente nas operações com contêineres. E foi essa característica que fez com que os engenheiros da Codesa se interessassem mais pelo Terminal Público de Contêineres, que está em fase de implantação no Porto de Paranaguá.
O intercâmbio feito entre representantes da Appa e da Codesa proporcionou, ainda, segundo o Engenheiro Fernando Rangel, a possibilidade de conhecer o que de melhor está sendo feito em matéria de desenvolvimento portuário. Esta não é a primeira vez que ele visita o Porto de Paranaguá. Ele contou que desde a sua última vinda até hoje, houve progresso.
"Percebo muitas mudanças. De tudo aquilo que está sendo feito com muita competência por aqui, levaremos o melhor, que nos servirá de referência para projetos em Vitória. O Terminal Público de Contêineres é um deles. Esta é uma iniciativa louvável que deveria ser seguida por outros portos, porque é um regulador de preços e um meio de se acabar com monopólios", destacou o engenheiro Fernando Rangel.
