A Secretaria de Saúde do Paraná expôs nesta terça-feira (13) no fórum ?Saúde e Democracia: uma visão de futuro para o Brasil?, no Rio de Janeiro, o Centro Regional de Atendimento Integrado ao Deficiente (Craid) e apresentou a Política Estadual de Assistência à Saúde da Pessoa com Deficiência.
Visitado por secretários municipais e estaduais, ministros e autoridades o estande paranaense chamou a atenção de expositores de outros Estados que demonstraram interesse que o projeto do Centro de Reabilitação Hospitalar (CRH) seja apresentado em suas unidades.
?É um resgate de uma parcela da população que não tinha nenhum plano e nem ações específicas para lhe auxiliarem. Como pediatra era dificílimo ver os pacientes tendo que se deslocarem até Brasília para um atendimento completo?, lembrou o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, se referindo à criação de um plano de atendimento e também Centro de Reabilitação Hospitalar. ?O Paraná é o único Estado brasileiro que cobre todas as áreas de atendimento a pessoa com deficiência, o nosso projeto é único?, afirmou a diretora do Craid, Orcezini Antunes.
A coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, que participou da mesa redonda ?O 3º. Setor, a sociedade e os horizontes da saúde no Brasil?, falou da importância em se divulgar o trabalho que está sendo realizado no Paraná. ?É uma referência muito interessante que serve de exemplo para o Brasil?, afirmou.
O ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, defendeu o Sistema Único de Saúde como uma política pública clara e estabelecida afirmando que ?futuro não é uma abstração, é o resultado do que foi feito no passado e os programas apresentados demonstram a busca por soluções que reduzam as desigualdades melhorando o acesso da população aos serviços públicos?.
?O debate é importante. O SUS é um sistema em permanente processo de construção. Mas a sua repolitização com enfoque na cidadania é necessária, para isto é inegável a necessidade de aporte financeiro?, enfatizou o diretor-geral da Saúde, Carlos Manuel dos Santos.
Para o coordenador do Centro de Reabilitação Hospitalar, Antônio Paulo Mallmann, a troca de experiência entre as secretarias e os programas diferenciados foram enriquecedoras. ?As pessoas não tinham noção da grandeza do nosso projeto e da sua diferenciação em ser um serviço exclusivo do SUS?.