Levantamento concluído no final de fevereiro pela Secretaria da Saúde mostra que a média de aplicação dos recursos em 2003 e em 2004 foi o dobro da dos anos anteriores. Em 2002, dos R$ 333,38 milhões de investimentos do Tesouro Estadual previstos para a saúde, apenas 53,5% foram executados (R$ 178,37 milhões). Em 2003, o governo do Estado remanejou verbas e conseguiu garantir para a saúde um orçamento maior do que o inicialmente previsto, de R$ 253,22 milhões, e o total executado, de R$ 288,95 milhões, chegou a 114,1%.
Segundo o secretário Cláudio Xavier, no ano passado foi aprovado um orçamento 72,8% maior para a saúde, chegando a R$ 437,66 milhões. O índice de execução chegou a 88,8%. "Ultrapassamos o previsto no orçamento em 2003, e no ano passado o valor executado foi maior do que o orçamento total da saúde dos últimos anos. Não admitimos mais números como os que encontramos", disse o secretário.
Para este ano a Secretaria vai aplicar em recursos do Tesouro estadual um total de R$ 504,46 milhões. A previsão é chegar a 100% de execução dos recursos. "No ano passado só não atingimos o total porque algumas grandes obras, como a construção do Centro de Reabilitação do Paraná, estavam em processos de licitação", explicou Xavier.
Em 2004, foram investidos R$ 53 milhões de um total de R$ 71 milhões em grandes obras e equipamentos. Segundo o secretário, aí estão incluídas ações como o investimento de R$ 13 milhões na renovação de frotas de ambulâncias e do Siate ? há mais de oito anos com os mesmos veículos ? e obras como a da Santa Casa de Paranaguá, o Pronto-Atendimento do Alto Maracanã, em convênio com a prefeitura municipal de Colombo, num valor previsto de R$ 1,21 milhão, e o hospital regional de Ponta Grossa.
Os investimentos relativos ao Plano de Saúde do Paraná e à regionalização ? que garante um atendimento completo ao usuário próximo ao seu município ? somaram em 2004 R$ 159 milhões. Graças a esse investimento, explica Cláudio Xavier, foi possível realizar ações em todas as áreas da saúde ? prevenção e saúde básica, média complexidade (consultas especializadas e exames) e alta complexidade (investimentos nos hospitais regionais).
Foram mais de R$ 30 milhões de investimentos em 2004 e esse valor será mantido em 2005. Os outros R$ 206,2 milhões são aplicados diretamente na folha de pagamento ? que em 2004 teve o acréscimo de R$ 4,1 milhões mensais a partir de outubro graças à implantação da Gratificação por Atividade em Saúde (GAS) para os funcionários.
O secretário Cláudio Xavier lembra que as aplicações efetivas dos recursos da saúde confirmam a preocupação prioritária do governo em aumentar os investimentos na área. Em 2004, o governo do Estado previu para o orçamento da saúde um valor inicial 96,8% superior ao de 2002 e 73% superior ao de 2003. Graças a isso, as ações estratégicas do governo puderam ser realizadas, diz Xavier.
