Paraná discute cotas para negros

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná – UFPR vai analisar e votar até o final de abril o plano de metas e política de medidas de inclusão social na instituição, para alunos que só estudaram em escolas públicas e para os negros. As negociações com as instituições de defesa da negritude vêm desde o ano passado. No último vestibular da instituição, com resultado divulgado na sexta-feira passada, apenas 1,7% dos alunos que ingressaram eram negros.

De acordo com o Instituto de Pesquisa da Afrodescência – IPAD, os negros representam 22% da população total do Paraná. Para a presidenta do IPAD, Marcilene Garcia de Souza, a situação do negro no ensino superior no Estado é assustadora. ?O espaço do negro dentro das instituições do Paraná é quase nulo. Se formos calcular o número de alunos negros que realmente se formam, o número não chega a 0,5%. É ridículo?, afirma.

Marcilene reforça que as discussões sobre as cotas englobam os alunos de escolas públicas, que também têm o acesso à Universidade bem restringido. ?Assim como os negros, os alunos de uma instituição pública não tem um preparo adequado para o vestibular. Eles devem ter a mesma chance que qualquer um. A grande maioria não consegue passar na universidade pública e não tem condições de pagar por uma universidade particular, é realmente complicado?, diz. (Leia mais na edição de amanhã do jornal O Estado do Paraná)

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