O abastecimento de navios durante a noite no Porto de Paranaguá, no Paraná, deverá ser proibido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Segundo o secretário Luiz Eduardo Cheida, com essa medida poderá ser evitado o risco de transbordamento como o que aconteceu na madrugada desta quarta-feira (04) com o navio Sardegna, de bandeira panamenha. À noite, de acordo com o secretário, as pessoas estão naturalmente mais desatentas e o óleo forma uma mancha preta na água, que é protegida pela escuridão, o que dificulta a localização quando ocorre algum vazamento.
Segundo a empresa LM Serviços Técnicos LTDA, responsável pelo abastecimento dos navios, o tanque do Sardegna recebeu quantidade de óleo maior que a sua capacidade, o que resultou no transbordo de 900 litros do produto, dos quais 200 litros atingiram o mar. Entretanto, estes números ainda não foram confirmados oficialmente. Existe a suspeita de que o vazamento tenha sido maior do que o informado.
Segundo o secretário, as manchas de óleo atingiram as Ilhas das Cobras, Cootinga, Piaçanguera e a ponta oeste da Ilha do Mel, totalizando mais de cinco quilômetros de extensão, o que leva a crer que a quantidade de óleo derramado seja realmente maior. O Instituto Ambiental do Paraná está aguardando a documentação da empresa e Capitania dos Portos para quantificar a proporção do vazamento e instituir processos administrativos e criminais, além dos termos de reparação dos danos causados e valor da multa que será lavrada contra a empresa e a embarcação. Se for constatado que houve falha de gerenciamento durante o abastecimento apenas a empresa de abastecimento será penalizada.
O navio, agenciado pela empresa InterOcean, está agora pela manhã atracado no porto de Paranaguá, sendo carregado com seis mil toneladas de soja. Ele já foi vistoriado e assim que terminar o procedimento de embarque deve seguir para a China.
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