Paraná deve voltar a exportar carne para a Rússia

A informação de que a Rússia deve flexibilizar o embarque de carnes brasileiras pode significar a sinalização dos avanços das negociações, paralisadas desde o último dia 17 de, quando os russos proibiram a exportação de carne brasileira, incluindo a do Paraná. O veto aconteceu depois da descoberta de um foco de febre aftosa no Amazonas.

O diretor do Defis ? Departamento de Defesa, Fiscalização e Sanidade Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Felisberto Baptista, lembra que o Paraná não apresenta foco da doença há nove anos e mantém rigorosa fiscalização em seu território. Além disso, a distância ? estados localizados em extremos opostos do país – e as barreiras naturais impossibilitam qualquer contato entre os animas.

“Além da distância, florestas e rios que separam o Paraná do Amazonas. Portanto é quase impossível que a doença, registrada numa ilha do rio Amazonas, a 500 quilômetros de divisa com a fronteira norte do Mato Grosso, onde começa a zona livre de febre aftosa, chegue aos nossos rebanhos”, explicou Batista.

O Paraná é o segundo estado brasileiro que mais exporta para a Rússia. Nos últimos 8 meses foram exportados 22 mil toneladas de carne de frango; 23 mil toneladas de carne suína, e 7 mil toneladas de carne bovina. Nos últimos 60 dias, a carne mais vendida foi a de frango, assumindo assim o Estado, com esse produto, o primeiro lugar na pauta de exportações para a Rússia. Só que desde o último dia 20 de setembro, não saiu mais nenhum carregamento de carne paranaense para aquele país do leste europeu.

Com o fim do embargo, Felisberto Baptista acredita que os brasileiros terão habilidade suficiente para continuar negociando com a Rússia, que também tem interesse em vender seus produtos para o Brasil. Segundo ele, para o Paraná essa flexibilização significa um fôlego na capacidade de estocagem, uma vez que as empresas continuam produzindo. Baptista explicou que aves e suínos precisam ser abatidos numa certa fase, não passando da idade e do peso ideal, e a carcaça tem que ser estocada, e com a proibição de embarque, alguns armazéns estavam superlotados.

As câmaras frigoríficas do Porto de Antonina, de onde sai a produção do Paraná, ainda mantêm capacidade de estocagem de uma semana, mas Baptista acredita que, a partir de agora, o que estava armazenado o Porto começa a ser embarcado, abrindo assim espaço e aumentando a capacidade de estoque. “É uma forma de ganhar tempo para que as negociações se concluam, para a retomada total das exportações”, acredita.

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