Paraná deve vacinar mais de 900 mil crianças contra poliomielite

A segunda etapa da 26ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite vai mobilizar amanhã (26), no Paraná, 9 mil pessoas em cerca de 5 mil postos, que vão oferecer 1,6 milhão doses de vacinas contra a paralisia infantil. Segundo o secretário estadual de Saúde, Cláudio Xavier, deverão ser vacinadas 911.607 crianças menores de cinco anos. Na primeira fase, receberam a vacina 845.963 crianças, 92% do total esperado.

Em Curitiba, o horário de vacinação terá uma hora a mais do que determina o Ministério da Saúde. "Estendemos o horário para atender eventualidades que possam ocorrer com os pais", explicou a coordenadora do Centro de Epidemiologia da Secretaria municipal de Saúde, Karin Luhn.

A meta da prefeitura é vacinar 95% das crianças menores de cinco anos residentes em Curitiba, estimada em 124 mil. Na capital, serão 298 postos de vacinação distribuídos em unidades de saúde, associações de moradores, unidades volantes e supermercados.

Na primeira fase, realizada no dia 10 de junho, foram vacinadas 132.883 crianças, totalizando 107,4% de cobertura vacinal. Segundo  Karin Luhn,  o  número é maior do que o estimado, porque foram vacinadas crianças da região metropolitana e de outras cidades.

O último caso registrado da doença no Brasil foi em 1989. No Paraná, o último foi em 1986. Em Curitiba, desde 1985, não há ocorrência da doença.

A  diretora do Centro de Informações e Diagnósticos de Saúde da Secretaria, Inês Vian, lembra que a poliomielite é uma doença infecciosa e altamente contagiosa. A doença afeta o sistema nervoso central e leva a pessoa a ter paralisia, em alguns casos com a presença de deformidades, podendo chegar à morte.

"O vírus é transmitido via fecal-oral e persiste até 17 semanas no ambiente. Cerca de 90% das pessoas acometidas pelo vírus não apresentam sintoma algum, mas podem espalhar a doença". Inês Vian ressaltou a importância das campanhas,  com  um número necessário de crianças recebendo a vacina, "porque isso garante a interrupção da cadeia de transmissão da pólio,   evitando que o vírus retorne ao Brasil". 

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