Começa nesta quarta-feira (27) no auditório da Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral, em Curitiba, o encontro da Unidade Nacional de Execução do Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aqüífero Guarani. O evento vai reunir universidades, Ongs, além de representantes dos governos estadual e federal.
O objetivo é discutir questões como a privatização da água, internacionalização do aqüífero e a compra de concessão por parte de empresas supranacionais, considerando a água como commodities do futuro.
O projeto, desenvolvido pelos países em que ocorre o aqüífero (Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai), planeja conjuntamente a gestão e o uso sustentável do maior reservatório de água-doce do planeta.
Uso
Representantes de oito Estados brasileiros, onde se encontra o reservatório, irão apresentar durante o encontro informações reunidas até agora sobre a reserva subterrânea de água.
Para o geólogo da Suderhsa, Everton de Souza, que representa o Estado na Unidade Nacional de Execução, o Paraná ocupa a segunda colocação em termos de uso e conhecimento sobre o reservatório em seu território.
Atualmente, existem cerca de 50 poços no Paraná. Os principais exploram as camadas mais superficiais ? localizadas no início do Terceiro Planalto Paranaense, como na Serra da Esperança, próxima a Guarapuava ? e são utilizados, em sua maioria, para incentivar o turismo.
Cerca de 130 mil metros quadrados do aqüífero encontram-se no Paraná. No território nacional, a área é de aproximadamente 840 mil metros quadrados e, no conjunto, quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados.