O governo do Estado intensificou a fiscalização em todas as 30 barreiras sanitárias nas divisas entre o Paraná e Estados vizinhos para conter a febre aftosa. Para isso, a Secretaria da Agricultura aumentou o número de fiscais e a vigilância nas 16 barreiras entre o Paraná e Mato Grosso do Sul e nas quatro na divisa com São Paulo.
Além disso, desde o dia 9, barreiras sanitárias estão instaladas em Maringá, Loanda, Amaporã e Entre Rios, municípios onde há suspeita de gado contaminado. Nas fazendas que adquiriram os animais do Mato Grosso do Sul na feira Eurozebu de Londrina também houve um aumento de fiscalização e animais estão confinados até que saia o resultado do exame de aftosa.
O chefe de fiscalização da Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Alvares Cherubin, explica que fiscais de várias regiões do Estado foram remanejados para intensificar a fiscalização nas divisas com o Mato Grosso do Sul e São Paulo. Nestes locais, equipes de seis fiscais da Defesa Sanitária Animal e da Empresa Paranaense de Fiscalização (Claspar) estão de plantão 24 horas.
?O aperto na fiscalização está ocorrendo desde o último dia 9, quando detectamos os sintomas em animais comprados na feira de Londrina. A partir daí, por determinação do secretário Orlando Pessuti, aumentamos o número de fiscais nas barreiras, criamos outras nas cidades onde estão esses animais e também passamos a monitorar todas as propriedades 24 horas?, afirma Cherubin.
Ele explica que todas as cargas oriundas de São Paulo e de Mato Grosso do Sul estão sendo monitoradas e que todos os veículos que passam pelas barreiras estão sendo borrifados com uma mistura de ácido cítrico com iodo, que impede que o vírus responsável pela transmissão da aftosa se prolifere.
?Na divisa com o Mato Grosso do Sul, a fiscalização foi intensificada nas barreiras de Guaíra, Porto Camargo, Porto São José, Diamante do Norte. Já na divisa com São Paulo, estamos aumentando o trabalho em Jacarezinho, Cornélio Procópio, Londrina e Maringá?, explicou.
Na manhã desta terça-feira, agrônomos e veterinários de Paranavaí vistoriaram várias fazendas na região de Amaporã, onde há suspeitas se surgimento de um foco de aftosa. ?Estamos fiscalizando todas as propriedades próximas às áreas onde há suspeita de foco e todos os animais são vistoriados?, explicou Carlos Antônio Vieira, coordenador regional da Defesa Sanitária de Paranavaí.
O diretor-geral da Secretaria da Agricultura, Newton Pohl Ribas, lembra que, além da falta de investimentos do governo federal na vigilância agropecuária, outro problema ajudou no surgimento da suspeita de aftosa no Paraná. ?Se o governo do Mato Grosso do Sul tivesse nos avisado do problema com antecedência, teríamos interditado o leilão realizado em Londrina?, afirma.