A Polícia Federal ameaça entrar em greve geral a partir da próxima segunda-feira, caso o governo não conceda reajuste de 30% reivindicado pela categoria. Os policiais começaram hoje uma greve de advertência de 24 horas para forçar negociações, mas foram surpreendidos por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir reajustes do funcionalismo acima da inflação. Técnicos dos Ministérios da Justiça, da Fazenda e do Planejamento discutem a extensão da medida e se ela impede o acordo negociado com a PF.

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Pela decisão do TSE, tomada na noite de ontem, os aumentos salariais no serviço público, em índices acima da inflação, só podem ser concedidos num intervalo de 180 dias antes das eleições, para evitar medidas eleitoreiras. Em nota, o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, disse que a decisão do TSE não alcança as negociações da categoria, que teria perdas acumuladas de 128% nos últimos anos. "Estamos pedindo a reposição de apenas 30% retroativa a fevereiro", observou. Caso o governo endureça, o indicativo de greve geral será mantido, avisou o dirigente.

A paralisação de advertência, que termina hoje à meia noite, conta com a adesão maciça de agentes, escrivães, papiloscopistas e até de delegados que, pela primeira vez, aderem a uma greve geral da corporação.

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