O secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio Godoy, afirmou hoje que, sem dúvida, a queda do risco País para novos recordes reflete a reavaliação do Produto Interno Bruto (PIB) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O risco brasileiro, calculado pelo índice Embi Plus, do banco de investimentos JP Morgan, estava em 170 pontos-base às 13 horas, o nível mais baixo de sua história. O risco aponta o grau de desconfiança dos investidores quanto à economia do Brasil.
Para justificar sua avaliação, o secretário do Tesouro comparou o Brasil a um cliente de banco que pede dinheiro emprestado: "Se você vai pegar dinheiro emprestado e fala que ganha R$ 100,00, o gerente do banco pode achar que ganha pouco. Se depois você diz que tem outra fonte de renda e consegue produzir a R$ 115,00, a sua situação está melhor. Não quer dizer que todos os problemas estão resolvidos".
Para ele, a revisão retira a ansiedade de que o País não vinha apresentando um dinamismo no PIB. "Tenho muita convicção de que uma vez que há a percepção de que o PIB tem uma dinâmica mais robusta, um dos grandes riscos pelo que o País estava sendo questionado, que era o de baixo crescimento, tem que ser reavaliado", ressaltou. O secretário ponderou que a avaliação geral dos investidores é de que o Brasil já apresentava fundamentos sólidos e que essa melhor medida do IBGE traz uma nova percepção de risco para o País.
Na sua avaliação, com a revisão a meta de crescimento de 4,5% do PIB este ano fica "cada vez mais factível". "A nossa expectativa é que o mercado cada vez mais consiga captar que os fundamentos da nossa economia tem tido aprimoramento e, portanto, com uma nota de risco cada vez menor.
Godoy fez questão, no entanto, de ressaltar que a situação brasileira está melhor, mas que exige a manutenção da "linha de austeridade e responsabilidade fiscal".
