Para Serraglio, versão da origem do dinheiro “tem muita fragilidade”

O relator da CPI Mista dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) disse que a versão para a origem do dinheiro distribuído ao PT e partidos aliados pelas empresas de Marcos Valério (financiamento para pagamento de dívida de campanha eleitoral) "tem muita fragilidade". "Por exemplo, nós imaginamos que os contratos públicos firmados com essas agências de Marcos Valério tenham sido inchados. O rompimento em cadeia desses contratos, que tem acontecido: o Banco do Brasil rompeu, a Eletronorte rompeu,os Correios romperam; então, se os contratos eram normais, nada autorizaria romper. Se eles foram rompidos é porque é um caminho de ingresso de dinheiro não explicável", disse Serraglio, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo.

O relator da CPI cita também como exemplo de "fragilidade" da versão de Marcos Valério para a origem do dinheiro, a declaração do deputado Roberto Brant (PFL-MG). "Ele disse que na verdade recebeu da Usiminas. A Usiminas é que estaria financiando a campanha (eleitoral) dele. E no entanto o recebimento que ele teve foi da SMPB. Portanto nós temos também empresas que através da SMPB, do Marcos Valério, passariam para políticos. Então nós temos outras fontes que em momento nenhum nem Marcos Valério, nem Delúb io (Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT) nem Simone (Vasconcelos, diretora financeira da SMPB), explicam".

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