Brasília – O Brasil espera chegar à meta de exportar neste ano US$ 8 bilhões em carnes bovina, suína, de frango e outras, apesar da ocorrência de febre aftosa em alguns rebanhos. A estimativa é do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat.
Segundo ele, em 2006, não deverá haver queda nas exportações de carnes, pois "as medidas severas que o governo está tomando na área sanitária deverão trazer novamente situação de equilíbrio comercial, depois de identificados e debelados os rebanhos sob suspeita".
Para Meziat, a previsão de que a meta de exportação de carnes neste ano vai ser mantida decorre do fato de estarem crescendo significativamente as exportações de carnes suína e de frango. De acordo com o secretário, as vendas de carne bovina industrializada não tiveram queda depois da ocorrência de focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul.
O Brasil exportou, nos últimos 12 meses, fechados no dia 31 de outubro, US$ 113,976 bilhões, com aumento de 23,6% pela média diária sobre novembro de 2003 a outubro de 2004. Nesse período, as vendas da balança comercial chegaram a US$ 91,850 milhões, tendo o superávit comercial ficado em US$ 41,933 bilhões, 28% acima do saldo obtido no período anterior, que ficou em US$ 32,54 bilhões.
O crescimento das exportações brasileiras nos últimos 12 meses ficou por conta das vendas de produtos manufaturados, que cresceram 26,4%, dos semimanufaturados, que se elevaram em 20,5%, e dos básicos que aumentaram 18,1%.
Nos últimos 12 meses, as importações do país totalizaram US$ 72,043 bilhões, com 21% de crescimento sobre os US$ 59,3 bilhões comprados entre novembro de 2003 a outubro de 2004.
Nos 10 primeiros meses de 2005, o Brasil vendeu em produtos manufaturados US$ 53 bilhões, em semimanufaturados, US$ 12,9 bilhões, e em produtos básicos, US$ 28,6 bilhões.
