A onda de ataques criminosos no Rio tornou-se mais um tema a dividir a governadora do Rio, Rosinha Matheus, e o governador eleito, Sergio Cabral Filho, ambos do PMDB. Enquanto Cabral disse que pode buscar o apoio do governo federal depois da posse Rosinha afirmou que a ajuda não é necessária.

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Rosinha disse que não solicitará ao governo federal o envio da Força Nacional de Segurança, em decorrência dos episódios iniciados na madrugada de hoje na região metropolitana do Rio. "São Paulo não precisou, por que aqui vai precisar?", declarou a governadora, depois de assistir à implosão do Complexo Penitenciário da Frei Caneca, no centro do Rio.

Cabral disse não acreditar que o terror espalhado pelo PCC em São Paulo este ano se repita no Rio. Para evitar isso, ele disse que poderá, após a posse, pedir a ajuda do governo federal para conter ações criminosas no Rio, se isso for necessário. "Eu não terei a menor dúvida, caso necessário, de solicitar o apoio do governo federal, das forças de segurança do governo federal para nos apoiarem", disse Cabral, citando a Força Nacional e o Exército. Ele informou que conversou hoje por telefone com o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, cotado para assumir o Ministério da Justiça.

Rosinha lamentou as mortes, mas disse que o monitoramento dos criminosos feito pelo sistema de inteligência de seu governo impediu um número maior de vítimas. "Tomamos as providências dentro do previsto e colocamos estrategicamente a polícia nas ruas. O que a bandidagem queria fazer no Rio era reeditar São Paulo. Não conseguiu e não conseguirão", disse, acrescentando que a intenção dos bandidos era matar centenas de pessoas. "O que eles querem é acabar com o regime diferenciado dentro dos presídios. Não abrimos mão, não concordamos e não vamos negociar com bandidos", concluiu Rosinha.

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